Amigos e família vão ao velório de Ítalo Rossi no Rio de Janeiro

As atrizes Marília Pêra e Maria Zilda se juntaram a familiares no velório do corpo do ator Ítalo Rossi, no Cemitério Municipal São Francisco Xavier, no Caju, Rio de Janeiro. A cerimônia começou às 10h desta quarta (3). Segundo informações da família do ator, o sepultamento está marcado para as 16h, no mesmo cemitério. Ítalo […]

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As atrizes Marília Pêra e Maria Zilda se juntaram a familiares no velório do corpo do ator Ítalo Rossi, no Cemitério Municipal São Francisco Xavier, no Caju, Rio de Janeiro. A cerimônia começou às 10h desta quarta (3). Segundo informações da família do ator, o sepultamento está marcado para as 16h, no mesmo cemitério.

Ítalo Rossi morreu nesta terça (2), aos 80 anos, depois de complicações respiratórias.

Emocionada, Marília Pêra disse que se lembrará de Rossi “com graça e humor. Lembro das gargalhadas nos bastidores. Essa é a lembrança que carrego comigo. O ídolo não morreu. Ele deixa essa graça para sempre.”

Marília lembrou de um episódio em que o ator contracenava com Fernanda Montenegro no teatro e teve que interromper a apresentação depois de um acesso de riso. Ela disse que Rossi se referia a ela como “filhinha”.

Vida dedicada à atuação

Ítalo Balbo di Fratti Coppola Rossi nasceu em Botucatu, interior de São Paulo, em 19 de janeiro de 1931, em uma família italiana habituada aos concertos. Com mais de 400 montagens e mais de 50 anos de carreira, era considerado um dos atores mais importantes do Brasil.

Estreou no Teatro Brasileiro de Comédias (TBC) e teve uma longa carreira nos palcos, onde atuou até os últimos anos de vida. Foi um dos fundadores do Teatro dos Sete, ao lado de Fernanda Montenegro, Sergio Britto e Fernando Torres. Nos anos 1980, ganhou três prêmios Molière, o mais importante das artes cênicas no Brasil.

Na televisão, Ítalo Rossi iniciou a carreira em 1963, na extinta TV Rio, e participou de dezenas de novelas, séries e especiais na TV Globo, incluindo “Escrava Isaura” (1976) e “Que rei sou eu?” (1989).

Entre seus papéis mais marcantes estão o mordomo Alfred, de “Senhora do destino” (2004), e o advogado Fernando Medeiros, de “Belíssima” (2006). Seu último trabalho na televisão foi o personagem Seu Ladir, do humorístico “Toma lá, dá cá”, dono do bordão “É mara, maravilhoso!”.

Rossi também brilhou no cinema, tendo participado de cerca de 20 longas-metragens, incluindo “Uma vida para dois” (1953), “O pão que o diabo amassou” (1957), “A derrota” (1967), “Cara a cara” (1967), “Doida Demais” (1989) e o recente “Sexo com amor?” (2008).

No fim de 2010, o ator foi homenageado com o livro “Fotobiografia de Ítalo Rossi”, que retrata sua trajetória nos palcos e nas telas.

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