AGORA: Parentes de vítima não têm dúvida de que crime foi motivado por racismo

Familiares de Anderson da Silva Faria, assassinado em 2007 no bairro Parque do Lageado em Campo Grande, acreditam que o crime foi motivado por racismo. Geraldo Francisco Lessa (50) é acusado pelo homicídio e está sentado no banco dos réus nesta sexta-feira (25). O julgamento teve início às 8 horas. Um dos irmãos da vítima, […]

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Familiares de Anderson da Silva Faria, assassinado em 2007 no bairro Parque do Lageado em Campo Grande, acreditam que o crime foi motivado por racismo. Geraldo Francisco Lessa (50) é acusado pelo homicídio e está sentado no banco dos réus nesta sexta-feira (25). O julgamento teve início às 8 horas.

Um dos irmãos da vítima, Izaías, relata que no dia 29 de dezembro daquele ano Anderson almoçou com a mãe e se dirigiu à casa da pastora da igreja que frequentava. No caminho, parou em frente à padaria de Geraldo, tio de sua namorada à época. Os dois discutiram porque Geraldo não aceitava o relacionamento e efetuou um disparo à queima-roupa contra Anderson.

Amigos e parentes da vítima usam camisetas com frases contra o racismo (“cor da pele ou escuridão da mente?) e levaram para a sala do tribunal do júri fotografias de Anderson.

A ex-namorada Eunice Zeni Lessa e sobrinha do réu, agora com 20 anos, conta que à época Anderson já tinha pedido a mão dela em casamento, o que seria oficializado alguns meses depois. Eunice diz não ter dúvida de que o crime tenha sido motivado por racismo. Trabalhou com o tio na padaria e sempre ouvia piadas e comentários depreciativos feitos por Geraldo sobre negros. “Espero que seja feita a justiça”, disse.

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