Zé Teixeira acha que apoio a Dilma “pode arruinar” sonho político de Nelsinho

Duas lideranças políticas estaduais, do DEM e do PMDB, acham que a intenção do prefeito de Campo Grande, o peemedebista Nelsinho Trad, em apoiar a candidatura da ministra Dilma Rousseff, pode prejudicá-lo lá na frente, em 2014, quando o prefeito ambiciona a disputa pelo governo O deputado estadual Zé Teixeira, do DEM, disse ter achado […]

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Duas lideranças políticas estaduais, do DEM e do PMDB, acham que a intenção do prefeito de Campo Grande, o peemedebista Nelsinho Trad, em apoiar a candidatura da ministra Dilma Rousseff, pode prejudicá-lo lá na frente, em 2014, quando o prefeito ambiciona a disputa pelo governo

O deputado estadual Zé Teixeira, do DEM, disse ter achado “estranho” a atitude de Nelsinho que, em declarações recentes, afirmou que não “vai contra quem lhe ajuda”. No caso, o prefeito quis dizer que o governo de Lula sempre favorece o município com o envio de recursos.

Teixeira chamou também de “mistura estranha” a “posição ideológica” de Nelsinho. “Fomos deputados juntos e ele [prefeito] nunca demonstrou qualquer perfil de esquerda”, recordou o parlamentar.

Quanto à intenção do prefeito em pedir votos para a ministra, o democrata deu esse recado: “se hoje ele [Nelsinho] apoiar a Dilma, lá na frente nós [do DEM] não vamos apoiar nenhum projeto dele”, cutucou o parlamentar, favorável a candidatura de José Serra, governador de São Paulo.

De opinião mais comedida, o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Jerson Domingos, do PMDB, também criticou o suposto apoio de Nelsinho a ministra Dilma. “Por enquanto essa é uma posição isolada”, acredita o parlamentar.

Jerson Domingos disse que vai aguardar a decisão do governador André Puccinelli (PMDB) que, para ele, vai definir os rumos das alianças pela disputa presidencial entre os peemedebistas regionais.

O deputado acha que se Nelsinho Trad pensa na disputa pelo governo em 2014, devia consultar antes os partidos aliados quanto à preferência pela candidatura à Presidência.

Já questionado se a eventual decisão do prefeito poderia motivar um racha entre o “grupo de Nelsinho” e o “grupo de Puccinelli”, o parlamentar divagou: “não, não sei, precisaria consultar uma cigana”.

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