Eleito deputado federal pela primeira vez, o ex-secretário de Obras do Estado, Edson Giroto (PR), disse hoje em entrevista ao programa Bom Dia MS da TV Morena que após tomar posse como parlamentar “continuará em Brasília”. “Foi estabelecido entre eu e o governador que eu assumo minha vaga de deputado federal”, mencionou.

A declaração contradiz o que tem sinalizado seu padrinho político, o governador André Puccinelli (PMDB). Até aqui as afirmações de Puccinelli apontam que Giroto passaria um período na Câmara Federal e depois retornaria para o cargo de secretário de Obras Públicas do Estado.

Na mesma entrevista, Giroto informou que como parlamentar pretende trabalhar para trazer recursos federais para obras de infra-estrutura no Estado. “Nenhum estado pode prescindir de recursos federais”, disse. Ele citou a necessidade de se duplicar a BR-163, o anel rodoviário de Campo Grande e a ampliação do Aeroporto Internacional de Campo Grande para receber cargas.

Giroto, segundo dados declarados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), gastou R$ 3.029.400,00 durante sua campanha que foi a segunda mais cara entre os candidatos a deputado federal.

A campanha dele, aliás, recebeu mais dinheiro do comitê de campanha de Puccinelli do que todos os candidatos à Câmara Federal pelo PMDB juntos. Declaradamente o predileto do governador, Giroto custou R$ 1.024.150,00 para o caixa de campanha de Puccinelli.

Já outros oito candidatos do PMDB, partido do governador, tiveram de se contentar com R$ 844.250,00, segundo as declarações oficiais dos concorrentes que estão disponíveis para consulta pública no site do Tribunal Superior Eleitoral. Com Celso Bejarano Jr.