Técnicas de ressuscitação podem reduzir mortes por infarto
Técnicas de ressuscitação aplicadas por profissionais da saúde ou cidadãos comuns podem ajudar a reduzir um número preocupante: todos os anos morrem cerca de 250 mil pessoas no país vítimas de parada cardíaca ou cardiorrespiratória. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que inaugurou esta semana na capital paulista o Centro de Treinamento e Simulação […]
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Técnicas de ressuscitação aplicadas por profissionais da saúde ou cidadãos comuns podem ajudar a reduzir um número preocupante: todos os anos morrem cerca de 250 mil pessoas no país vítimas de parada cardíaca ou cardiorrespiratória.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que inaugurou esta semana na capital paulista o Centro de Treinamento e Simulação em Saúde para profissionais da área médica e leigos, o infarto é a principal causa de morte entre os brasileiros. Segundo o coordenador do centro, Manoel Fernandes Canesin, a ressuscitação deve ser feita imediatamente após o ataque e deve ser aplicada pelos leigos que estiverem próximos da vítima e que saibam fazer a massagem cardíaca.
“O caminho é muito longo entre o começo e o fim [do atendimento] e deve começar nos primeiros dois ou três minutos em que o individuo perde a consciência ou sente dor”. Canesin destacou o papel dos primeiros socorros, mesmo quando aplicados por quem não tem formação médica. “O papel do leigo nesse momento inicial com a massagem cardíaca é fundamental. A cada minuto que passa a chance de sobrevivência é 10% menor. Temos que encurtar esse tempo ao máximo. Se passarem cinco minutos, a chance de sobrevivência desse indivíduo é muito pequena. E é isso que vamos ensinar no centro de treinamento”.
Ele ressaltou que o infarto ocorre principalmente em pessoas a partir de 35 anos e pode começar com uma simples dor no peito e que se irradia pelo braço esquerdo. O médico alerta que as pessoas próximas precisam telefonar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no número 192. “Se [a vítima] perder a consciência, quem estiver ao seu lado deve chamar por ela, acionar o Samu e começar a fazer a massagem até o suporte chegar com a ambulância”.
O diretor de Promoção à Saúde Cardiovascular da SBC, Dikran Armaganijan, explicou que a entidade promove cursos como esse há 11 anos, mas resolveu montar um espaço fixo em São Paulo porque a demanda está crescendo e mais de 70% da aulas ocorrem na própria capital paulista, apesar da SBC levar os cursos para outros estados.
O espaço conta com salas e auditório para aulas teóricas e práticas com manequins eletrônicos nos quais os alunos vão treinar identificação de pulso, de parada respiratória e cardíaca e farão a massagem cardíaca. Também aprendem como usar os desfibriladores para restauração dos sinais vitais. “Por sermos pioneiros treinamos aproximadamente 20 mil profissionais nesses 11 anos.
Por ano são 1,5 mil alunos”, disse Armaganijan. A SBC oferece cursos para médicos que atuam em áreas hospitalares, de recuperação de crianças e de capacitação de leigos para a atuar em grandes concentrações, como aviões, transportes coletivos, estádios e espaços públicos em geral. Segundo Armaganijan, as empresas, por exemplo, precisam ter pelo menos uma pessoa treinada para cada 100 funcionários. Segundo ele, a demanda pelos cursos aumentou porque a população cresceu, envelheceu e o número de indivíduos que podem ter um episódio agudo de infarto aumentou também.
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