Risco de novo desabamento suspende trabalho de resgate no Chile

As autoridades chilenas suspenderam hoje (2) temporariamente o trabalho de resgate dos 33 trabalhadores soterrados há quase um mês em uma mina no Deserto do Atacama no Chile, depois de 25, 5 metros de escavação. A decisão foi tomada porque há risco de novo desabamento. Contrastando com as tensões causadas pelo acidente, os mineiros demonstram […]

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As autoridades chilenas suspenderam hoje (2) temporariamente o trabalho de resgate dos 33 trabalhadores soterrados há quase um mês em uma mina no Deserto do Atacama no Chile, depois de 25, 5 metros de escavação. A decisão foi tomada porque há risco de novo desabamento. Contrastando com as tensões causadas pelo acidente, os mineiros demonstram bom humor e receberam a primeira refeição quente desde o soterramento: arroz com carne.

As informações são da rede estatal de televisão do Chile, a TVN. De acordo com a emissora, o trabalho de escavação foi interrompido porque uma falha geológica pode causar mais um desabamento.

A interrupção das escavações não deve afetar o estado de ânimo nem de saúde dos mineiros, afirmam as autoridades. Por essa razão, médicos e psicólogos intensificaram o acompanhamento dos trabalhadores e dos parentes que aguardam por notícia na área próxima à mina.

Desde anteontem (31), especialistas da Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa, a sigla em inglês) dão suporte ao trabalho de resgate dos trabalhadores. Para que os mineiros, soterrados a 700 metros de profundidade, não tenham a saúde mais afetada pela escuridão do local onde estão, a Nasa faz simulações de dia e noite.

Paralelamente, a agência colabora na  entrega de alimentos e apoio técnico. A agência desenvolve pesquisas avançadas nas áreas de programas de satélites e sondas. O envio de alimentos, água, medicamentos e oxigênio para os trabalhadores é feito por meio de sondas.

Ontem (1º), o presidente do Chile, Sebastián Piñera, reiterou que até o Natal os trabalhadores serão resgatados. Se essa previsão for concretizada, os 33 mineiros ficarão quatro meses soterrados. Para evitar o agravamento da situação, eles são monitorados permamentemente com câmeras, sondas e há a presença constante dos parentes no local do acidente. O desabamento de terra ocorreu no dia 5 de agosto.

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