Qualidade do ar no Centro-Oeste é discutida em Los Angeles
O professor Edmilson de Souza, pesquisador da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e membro do Grupo de Pesquisas em Qualidade do Ar da Universidade, apresentou um trabalho com resultados inéditos num dos eventos de maior relevância sobre o tema qualidade do ar. O “Symposium on Air Quality Measurement and Methods and Technology”, […]
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O professor Edmilson de Souza, pesquisador da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e membro do Grupo de Pesquisas em Qualidade do Ar da Universidade, apresentou um trabalho com resultados inéditos num dos eventos de maior relevância sobre o tema qualidade do ar. O “Symposium on Air Quality Measurement and Methods and Technology”, que reúne pesquisadores do mundo acadêmico e da indústria, consultores, agências de governo, entre outros, aconteceu em Los Angeles, de 2 a 4 de novembro.
O trabalho que representou a UEMS no evento, “Avaliação da qualidade do ar do centro-oeste brasileiro”, destacou o comportamento do Ozônio (O³), do Monóxido de Carbono (CO) e dos Óxidos de Nitrogênio (NOx) e suas relações com diversas fontes emissoras locais. Segundo Edmilson, a pesquisa também avalia o papel de parâmetros meteorológicos na intensificação ou não das concentrações dos poluentes atmosféricos. “Um dos resultados apontados indica a frota de veículos leves como a principal fonte emissora de monóxido de carbono (96%), com destaque para as motocicletas que, mesmo com uma quantidade menor de unidades emissoras, são as fontes majoritárias dentro das categorias estudadas”, aponta.
Conforme o professor Edmilson, esses gases podem ser classificados de forma simples em duas categorias: os primários, emitidos diretamente de uma fonte produtora, como os carros, e os secundários, produzidos a partir de reações químicas e processos físicos na atmosfera.
Dentre essas categorias o professor destaca um representante de cada. O monóxido de carbono (CO), em geral, um poluente primário, indicador da qualidade da queima do combustível, portanto do aproveitamento energético; e, o Ozônio(O³), um gás secundário, que é altamente oxidante, e que se lá em cima a 20-30 km de altura nos protege dos raios ultravioleta do sol, por outro lado, no nível em que vivemos, é responsável por danos à saúde, degradação de bens materiais, ameaça à fauna e flora.
Daí a importância de se pesquisar efetivamente a qualidade do ar em Mato Grosso do Sul e no mundo. “É preciso paciência, persistência, trabalho intenso, mas, sobretudo, compreender que em nosso tempo, diferentemente de ontem, não há espaço para esperar a motivação em catástrofes, limitações e riscos desnecessários”, conclui.
A pesquisa recebeu apoio financeiro da Fundect e a colaboração de diversas empresas do município de Três Lagoas, em especial a Petrobras, além do auxílio de vários pesquisadores no Brasil e no Exterior.
Grupo de Pesquisas em Qualidade do Ar – UEMS
Em Mato Grosso do Sul, a UEMS, em Dourados, através do Centro Integrado de Analise de Monitoramento Ambiental (Cinam) desenvolve estudos sobre Qualidade do Ar em duas das mais importantes cidades do Estado, Dourados e Três Lagoas. As pesquisas ainda são incipientes, muito iniciais, mas os resultados são bastante sólidos, e, principalmente, os que foram realizados sobre Três Lagoas, em parceria com a USP, justificado pela crescente industrialização daquela localidade.
Esses resultados foram obtidos entre 2005 e 2009, pelo professor Edmilson de Souza, durante seu doutoramento na Universidade de São Paulo (USP), junto à Escola de Engenharia de São Carlos, sob orientação do pesquisador dr. Josmar Pagliuso, uma das referências no assunto no País.
Em 2009, foi criado o Grupo de Pesquisas em Qualidade do Ar da UEMS, que, conforme destaca Edmilson, ainda terá um longo caminho para conseguir uma infraestrutura compatível com o potencial de que são capazes os recursos humanos envolvidos no projeto e que são fruto de investimentos da UEMS.
Mais informações sobre o grupo e sobre as pesquisas você acessa em www.uems.br/qualidadedoar ou pelo fone 3902-2650 .
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