PV de MS resiste à pressão por candidatura e prefere aliança

Em Mato Grosso do Sul, o Partido Verde resiste à pressão por candidatura própria ao governo do Estado. Segundo informações, o comando nacional do PV estaria exigindo candidatura própria em todos os estados brasileiros como forma de dar sustentação à candidatura da senadora Marisa Silva à Presidência da República.

O presidente regional do PV, vereador Marcelo Bluma, não classifica a investida da cúpula nacional como pressão ou determinação. “O partido adotou a linha de fazer um esforço por candidato ao governo em todos os estados onde for possível, mas não se trata de uma exigência. Cada estado tem uma realidade. Não seria possível agir desta maneira”, mencionou.

O dirigente explica que o PV não está preparado para concorrer ao governo do Estado. “Não digo que é impossível, mas não temos nomes em vista para concorrer”, diz. “Mas teremos candidato a governador em estados importantes como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e possivelmente no Paraná”, completa.

Segundo informações extra-oficiais, o único estado que a cúpula nacional liberou da exigência de candidatura é o Acre, estado de Marina Silva. Lá a legenda estaria prestes a fechar um acordo com os petistas.

“Mas aqui em Mato Grosso do Sul não podemos lançar uma candidatura só para cumprir tabela. Se não tivermos uma candidatura minimamente eficiente ao invés de ajudar iremos atrapalhar o desempenho da Marina no Estado”, opina.

Na segunda-feira, dia 8, às 14 horas, os verdes tem reunião com Zeca do PT e lideranças petistas que querem tem o PV como aliado nas eleições de outubro. Bluma confirma simpatia pelo projeto petista e diz que vai ouvir o ex-governador “com muita tranqüilidade”.

Zeca, como se sabe, vai defender a candidata petista à presidência da República, Dilma Rousseff. Assim mesmo se estiverem aliados a Zeca, os verdes farão campanha à parte para Marina Silva. Ou seja, montará um palanque só com os candidatos a deputado estadual e federal do PV para apoiar a senadora.

“Como não será uma eleição verticalizada [quando os partidos, nos estados, tem de acompanhar as alianças nacionais], o que veremos será uma verdadeira salada política no País inteiro”, admite.