Psicografia de Chico Xavier inocentou sul-mato-grossense
De MS, João de Deus foi destaque de revistas como Veja, Manchete e Realidade e ainda hoje, é procurado por jornalistas do Brasil e do mundo para relatar sua história
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De MS, João de Deus foi destaque de revistas como Veja, Manchete e Realidade e ainda hoje, é procurado por jornalistas do Brasil e do mundo para relatar sua história
“(…) Baseado no livro ”As Vidas de Chico Xavier”, do jornalista Marcel Souto Maior. O filme descreve a trajetória de Chico Xavier, que viveu 92 anos desenvolvendo atividade mediúnica e filantrópica. Vida conturbada, com lutas e amor. Para os admiradores mais fervorosos ele foi uma espécie de santo. Para os descrentes, no mínimo, um personagem intrigante“. (Cinema/UOL)
“(…) Nelson, como todo brasileiro, sabe quem foi Chico Xavier, mas só foi ter mais contato com a história do médium quando ganhou a biografia escrita por Marcel Souto Maior, “As vidas de Chico Xavier”, do próprio biógrafo. “A leitura me emocionou muito. Chorei várias vezes, especialmente com a infância dele. Depois disso, nunca quis tanto fazer um papel.” Durante as gravações, no entanto, as pesquisas acabaram ficando um pouco de lado. “Dilui-se a técnica. E a emoção passou a tomar conta e conduziu o meu trabalho.” (ator Nelson Xavier/UOL/Cinema)
Na Sexta-Feira Santa a data foi marcada pela comemoração do centenário de nascimento de Chico Xavier, considerado um dos maiores ícones da doutrina espírita no mundo. E na Capital entre as pessoas que admiram a trajetória de um dos religiosos mais respeitados no País, está o contabilista João de Deus,que já foi manchete em jornais e revistas, tais como Veja, Manchete, Realidade.
Em 1980, João de Deus foi acusado de matar a esposa Gleide Maria, ex-miss Campo Grande. O caso causou comoção pelo fato dela ser uma pessoa pública e ambos de famílias ricas, mas o desfecho foi surpreendente e marcou não só a vida da família de João de Deus como também da justiça brasileira.
João de Deus foi a júri popular e mesmo sendo absolvido, lutou pela inocência e uma carta psicografada pelo médium Chico Xavier foi a base para a reabertura do processo e pedido de um novo julgamento por parte da defesa, que inocentou o contabilista e causou discussões em âmbito jurídico e religioso não só no Brasil como no mundo todo sobre a doutrina que prega conceitos de que há a vida após a morte e reencarnação.
A carta
A carta que teria sido ditada por Gleide Maria a Chico Xavier, contava que o tiro que a deixou em coma durante uma semana e que a levou a óbito, na verdade tinha sido acidental e que ela precisava provar a inocência do marido.
Hoje, bastante procurado por jornalistas e especialistas de várias partes do mundo, João de Deus casou-se novamente, é pai de cinco filhos e contou ao Midiamax que o espiritismo não pode ser definido como uma religião e sim, um encontro de pessoas que buscam amenizar o sofrimento da perda de entes queridos.
“De tempos em tempos somos procurados por jornalistas e estudiosos de várias partes do mundo, que querem saber como ocorrem os fenômenos e o fato da absolvição no processo também chama bastante atenção e já foi estudado por vários juristas”, explica.
Ele acredita que a psicografia é um recurso, mas deve se usado com muito cuidado. “A própria família sabe reconhecer quando a comunicação é real e de um ente querido. É importante frisar que hoje, nos EUA alguns métodos de investigação já usam os médiuns para ajudar a desvendar casos de difíceis solução”, pondera.
“Um anjo com o nome de Chico Xavier. Ele pode ser definido como amor”
“Quem conheceu o Chico nunca mais esqueceu e foram milhares de famílias que foram agraciadas e consoladas pelas suas mensagens de paz e de carinho. Ele dedicou a vida inteira ao próximo e mesmo as adversidades que enfrentou na vida não o fizeram desistir”.
Ao falar de Chico Xavier, o médium João de Deus se emociona e enfatiza que “Chico era a própria encarnação do amor, uma pessoa de muita luz, daquelas que nascem somente a cada 300 anos para sacudir um pouco a terra”, declara.
Segundo ele, é impossível esquecer os momentos que esteve com o maior ícone do espiritismo brasileiro. “O cheiro é inesquecível, quem o tocava ficava com cheiro de rosas e era possível sentir o olor num raio de cem metros”, rememora.
“A presença dele era de luz e de amor e ele conseguiu ser amado por pessoas de várias religiões, sendo simplesmente Chico Xavier, mesmo sendo espírita. O mais importante é que ele recebia a todos e amava a todos, esse foi o maior exemplo que o mestre Chico deixou na terra”.
Para João de Deus, a exposição da doutrina na mídia e as homenagens prestadas a Chico vem em momento oportuno e é o caminho para uma unificação religiosa e de comunhão entre pessoas de diferentes religiões.
Segundo ele, a mediunidade é um dom que ele possui desde criança, mas que há 50 anos era considerada uma aberração, um distúrbio.“A morte de um ente querido traz em nós uma transformação profunda e comigo foi o mesmo, eu fiz um pedido a Deus, que ele me ajudasse e me mandasse de volta a minha Gleide ou eu preferia não viver. Recebi um recado da própria Gleide que era preciso ter paciência. Eu acredito muito, pois há várias provas de que era ela mesmo quem falava comigo. Até mesmo a família dela teve a oportunidade vivenciar isso, pois ela ditava mensagens de coisas que somente ela e a irmã dela sabiam”.
REVISTA VEJA
“(…)O espiritismo deslanchou de vez no Brasil pelas mãos do médium mineiro Chico Xavier (1910-2002), que se tornou uma celebridade nacional ao receber diariamente, em seu centro espírita, caravanas intermináveis de crentes em busca de curas e contatos com os mortos. De origem humilde e com instrução primária, o médium escreveu 400 livros atribuídos por ele a autores já mortos e que venderam mais de 30 milhões de cópias. Para os milhares de brasileiros que acorreram a ele, no entanto, Chico Xavier era quase um santo”. (Revista VEJA)
“(..) Até hoje o espiritismo é confundido com bruxaria”, disse a VEJA Charles Kempf, coordenador do Centro de Estudos Espíritas Léon Denis, da cidade francesa de Thann. Kempf tem uma explicação adicional para o êxito do espiritismo no Brasil. É uma explicação bem material. Se a prática da caridade e do assistencialismo chancelou o espiritismo no Brasil, na França isso não ocorreu. A razão? O assistencialismo do Estado francês funciona com razoável perfeição, não deixando espaço para os espíritas utilizarem esse recurso para angariar um rebanho maior”. (Revista VEJA)
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