Programa de Dilma cita capitalização da Petrobras

O processo de capitalização da Petrobras virou peça de campanha da candidata Dilma Rousseff (PT) hoje no horário eleitoral gratuito da TV. Classificada como “uma das maiores demonstrações de prestígio e força do País”, a operação que arrecadou R$ 120 bilhões foi classificada na voz do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “o maior […]

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O processo de capitalização da Petrobras virou peça de campanha da candidata Dilma Rousseff (PT) hoje no horário eleitoral gratuito da TV. Classificada como “uma das maiores demonstrações de prestígio e força do País”, a operação que arrecadou R$ 120 bilhões foi classificada na voz do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “o maior processo de capitalização da história do capitalismo”. O “prestígio” que a operação trouxe ao Brasil foi comparado às escolhas do País para sediar a próxima Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de 2016.

Antes, o programa havia usado os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) para destacar as mudanças sociais e econômicas dos últimos anos. Dilma afirmou que a vida dos brasileiros melhorou, mesmo com a crise global de 2009, com foco na geração de empregos e na manutenção da renda dos trabalhadores. “Essa é a grande diferença entre o nosso modelo e o do passado”, provocou a candidata. O programa de Dilma trouxe ainda o relato de um trabalhador que mudou-se para o Japão há dez anos, mas que voltou ao Brasil após a revitalização da indústria de estaleiros.

O programa do candidato José Serra começou frisando que as propostas de elevar o salário mínimo para R$ 600,00 e o reajuste de 10% para as aposentadorias já em 2011 é factível. “Estudei economia e sei que é possível”, afirmou Serra, lembrando que também havia dúvidas da implantação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do programa de medicamentos genéricos, projetos de sua autoria que acabaram se concretizando.

A maior parte do tempo do programa de Serra foi dedicado à educação. Ele prometeu levar programas adotados em São Paulo para todo o Brasil, citando especificamente a manutenção de duas professoras por sala na 1ª série. “Precisamos investir pesado para ter um aluno motivado e um professor valorizado”, disse Serra. A importância do ensino técnico, com a criação de 1 milhão de vagas em todo o País, foi uma das promessas do candidato.

O programa de Marina Silva (PV) usou imagens da campanha em todo o Brasil e citou a chamada “onda verde, que cresce e se espalha”, com o crescimento de apoios ao seu nome na reta final da campanha, usando dados da última pesquisa Datafolha. “Na luta contra Golias, o pequeno Davi tinha apenas uma pedra. Você pode fazer do seu voto a pedrinha capaz de vencer a luta contra a violência, o descaso e a devastação”, disse Marina.

Entre os candidatos nanicos chamou a atenção o apelo do PSOL, na voz de Plínio Arruda Sampaio, para aumentar sua bancada de deputados em Brasília, e a declaração de Levy Fidélix (PRTB) de que cumpriu sua “missão” na campanha de alertar contra os altos impostos e juros praticados no Brasil. Rui Pimenta (PCO) repetiu as críticas sobre os poucos recursos do Bolsa Família e Zé Maria (PSTU) defendeu uma saúde “completamente pública e estatal”. José Maria Eymael (PSDC) destacou países onde a democracia cristã é forte e o candidato do PCB Ivan Pinheiro evocou o passado de lutas do partido, listando líderes “assassinados pela ditadura”.

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