Presa dupla que exigia R$ 200 mil para soltar adolescente de cativeiro em Campo Grande
Após serem presos pela polícia, os autores alegaram dívidas e problemas financeiros para cometer crime com vítima conhecida; dinheiro pago no sequestro foi recuperado
Arquivo –
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Após serem presos pela polícia, os autores alegaram dívidas e problemas financeiros para cometer crime com vítima conhecida; dinheiro pago no sequestro foi recuperado
André Luiz Nogueira Vieira, 30 anos e Daniel Flávio Nogueira Vieira, 29 anos foram apresentados nesta terça-feira (23) pela polícia como suspeitos de crime de sequestro ocorrido no último dia 18, na Capital.
De acordo com informações da polícia, André e Daniel, que são irmãos, sequestraram uma adolescente de 16 anos e a mãe dela na saída de uma escola particular na região central de Campo Grande.
Na ação, os bandidos deixaram a mãe no “meio do caminho” e seguiram com a adolescente até uma chácara cerca de 40 quilômetros da cidade, no assentamento Centro-Oeste. O local, segundo as informações policiais é de propriedade de familiares de André.
Conhecido
André é caminhoneiro e contou a polícia que trabalhava com transporte e já havia prestado serviços para a família da adolescente sequestrada.
A vítima declarou que durante o período que ficou sequestrada não sofreu nenhum tipo de agressão física. O delegado titular do Garras, (Grupo Armado de Repressão a Roubos Assaltos e Sequestros), Ivan Barreira disse que André era quem cuidava dela no local e a deixava livre, sem amarrar suas mãos ou ameaçá-la fisicamente. Já Daniel era o encarregado da negociação.
A ação
No dia 18 de novembro, André e Daniel foram até a frente da escola na Avenida Mato Grosso onde abordaram mãe e filha em frente ao colégio, no momento que a mãe e a adolescente iam entrar no carro da família.
Os autores entraram no carro e dominaram as vítimas usando algemas plásticas e um deles exigiu que a mãe passasse para o banco de trás e dirigiu até um ponto próximo onde pegaram o veículo Prisma, placas HTA-7687, de cor prata.
Durante o trajeto eles resolveram deixar a mulher no meio do caminho. Ao ser solta pelos sequestradores, a mãe entrou em contato com a polícia que passou a auxiliar a família nas negociações. Os sequestradores entraram em contato no mesmo dia e passaram a exigir o pagamento de resgate pela libertação da refém. As ligações eram sempre depois das 18h.
O pagamento do resgate
No último domingo (21) foi concretizada a negociação com pagamento de resgate em valor de R$ 200 mil. O valor foi informado por Daniel, durante coletiva de imprensa na sede do Garras.
De acordo com as informações policiais, os autores marcaram o local para entrega do resgate no Bairro União e da libertação da refém na Rua Brilhante próximo ao campo do Comercial, na Vila Bandeirantes.
Na ocasião eles usaram o veículo Fiat Uno, placas MDW-6928 de Campo Grande, azul para se deslocarem até o lugar onde foi pago o resgate.
Fim da agonia
Após o pagamento do resgate a adolescente foi libertada e entregue a família. Diante disso, a polícia começou as investigações e chegou até aos autores.
Segundo a polícia, o veículo usado no dia do seqüestro foi encontrado abandonado no bairro Caiçara e essa apreensão levou os policiais a encontrarem André Luiz e Daniel.
A maior parte do dinheiro do resgate foi encontrada em uma residência no Jardim Oliveira e outra parte no Caiçara. Um dos autores também carregava uma certa quantia em dinheiro que seria proveniente do resgate pago.
O Uno usado no dia do resgate e das negociações também foi apreendido pela polícia.
Cativeiro
No cativeiro, os policiais encontraram enterrados em um buraco próximo a uma casa objetos usados para o sequestro, tais como óculos escuros, algemas de plástico, uma falsa arma semelhante a uma pistola original.
Amadorismo
André e Daniel não possuem passagem pela polícia e alegaram ter feito a ação por estarem enfrentando problemas financeiros e por isso resolveram praticar o ato criminoso.
A Chácara e o carro Prisma pertencem a família da esposa de André e o Uno pertence a Daniel. Segundo o titular do Garras, André e Daniel serão denunciados por extorsão mediante sequestro e podem pegar de 12 a 20 anos de reclusão pelo crime.
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