O prédio da Avenida Mato Grosso, da antiga maternidade na década de 90, vai ser a principal unidade para o atendimento às vítimas de acidentes automobilísticos
A Prefeitura de Campo de Campo Grande deu o pontapé inicial na obra do Hospital do Trauma, antigo prédio da Avenida Mato Grosso, onde seria construída na década de 90 a maternidade da Santa Casa. Orçada em R$ 7 milhões, a obra do prédio deverá desafogar a unidade hospitalar a partir de 2011 – previsão da conclusão.
Hoje, segundo o diretor da Santa Casa, Salim Chiad, todos os dias em média entram no Pronto Socorro 80 vítimas de acidentes. O Hospital do Trauma terá equipe de ortopedistas especializada para o atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde).
O hospital terá cerca de 120 leitos, dez dos quais de CTI e ao menos seis salas estruturada para cirurgias.
Durante a cerimônia de assinatura da ordem de serviço, o prefeito de Campo Grande, médico Nelson Trad Filho (PMDB), salientou ao diretor-presidente da Santa Casa, Pedro Chaves, a importância da obra. Uma creche também será construída para os filhos dos funcionários da Santa Casa.
Conforme Trad Filho, essa será a última obra inacabada de responsabilidade da Prefeitura de Campo Grande.
Anos a fio
O Hospital do Trauma faz parte das obras prometidas por políticos desde a década de 1990. Recurso federal foi liberado antes, mas gasto de maneira suspeita, fato que retardou a construção. O caso foi parar no MPF (Ministério Público Federal), mas não houve punições.
Histórico
A construção do Hospital do Trauma tem sido mais comentada a partir de novembro passado, com a vinda do ministro da Saúde, José Gomes Temporão à cidade. À época, Temporão debateu com combate à dengue com as autoridades locais, mas anunciou ainda a liberação de recursos federais para custear a obra.
No dia da visita de Temporão, 17 de novembro passado, o Midiamax publicou um histórico do hospital.
A obra foi iniciada no governo de Wilson Barbosa Martins (PMDB) e teve ensaios de ser concluída no governo de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT.
Porém, em 2006, o então ministro da Saúde, José Agenor Alvarez, disse que R$ 1,9 milhão teria sido enviado para a o Estado para o término da construção. A verba foi liberada em 2002 e até agora o prédio continua sem que tenha sido terminado.