Pesquisa mostra leve redução no número de famílias com dívidas

O número de famílias endividadas no país teve um leve recuo de setembro para outubro. A taxa passou de 59,2% para 58,6%. Já a parcela de famílias que tem dívidas ou contas em atraso recuou de 24,7% para 23,4% na mesma comparação. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, […]

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O número de famílias endividadas no país teve um leve recuo de setembro para outubro. A taxa passou de 59,2% para 58,6%. Já a parcela de famílias que tem dívidas ou contas em atraso recuou de 24,7% para 23,4% na mesma comparação.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada hoje (19) pela Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Na avaliação da entidade, a desaceleração do nível de endividamento em outubro já é conseqüência da proximidade do final do ano, período em que há um aumento natural do consumo com o Natal e que, por isso, as pessoas deixam de contrair mais dívidas no curto prazo para se endividarem nos meses posteriores.

 A pesquisa mostra, no entanto, que houve aumento do número de famílias endividadas com renda até dez salários mínimos por mês de setembro (60,8%) para outubro (60,9%). O resultado, segundo a CNC, deve-se à alta dos preços dos alimentos. “As famílias com menor renda são mais sensíveis a uma alta de preços dos itens alimentícios que as outras, pois obtêm menos espaço no orçamento para surpresas inflacionárias devido ao maior peso desses itens sobre suas rendas.”

Também divulgado nesta terça-feira pela CNC, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de outubro subiu pelo sexto mês consecutivo, registrando alta de 1,7% em relação a setembro.

Dos sete itens que compõem o ICF, os que puxaram o resultado foram: compra a prazo (3,2%), renda atual (2,4%) e momento para aquisição de duráveis (2%). Depois vieram: nível de consumo atual (1,7%), perspectiva profissional (1,6%), perspectiva de consumo (0,8%) e emprego atual (0,2%).

“As condições de crédito estão em termos relativos bastante favoráveis este ano quando a gente compara com o histórico de crédito no Brasil. Então, a gente tem aí uma tendência de redução do peso da prestação para o consumidor brasileiro”, avaliou o economista da CNC, Fábio Bentes.

Bentes destacou que, ao longo de todo este ano, a pesquisa aponta uma situação confortável das famílias no que se refere à satisfação com consumo e os condicionantes dele.

Regionalmente, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias de outubro, em relação a setembro, teve a maior alta (9,5%) no Sul do país.

 As duas pesquisas são realizadas mensalmente pela CNC, desde janeiro deste ano, em todas as capitais brasileiras. São aplicados 18 mil questionários para famílias com renda superior e inferior a dez salários mínimos.

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