Pescadores voltam ao rio Paraguai após fim da piracema
Com a abertura oficial da pesca nos rios de Mato Grosso do Sul nesta segunda-feira, 1º de março, os pescadores profissionais pantaneiros, logo cedo começaram a colocar as embarcações na água e a voltar para a rotina de trabalho. Lanchas saíram com destino aos rios pantaneiros para trazer pescados de várias espécies, para serem comercializados […]
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Com a abertura oficial da pesca nos rios de Mato Grosso do Sul nesta segunda-feira, 1º de março, os pescadores profissionais pantaneiros, logo cedo começaram a colocar as embarcações na água e a voltar para a rotina de trabalho. Lanchas saíram com destino aos rios pantaneiros para trazer pescados de várias espécies, para serem comercializados em Corumbá.
Durante a proibição da pesca, os pescadores artesanais e ribeirinhos, tiveram o benefício do seguro defeso, no valor de um salário mínimo, pago em 4 parcelas mensais. Além desse dinheiro, eles poderiam pescar para subsistência. A legislação permitiu cota diária de três quilos ou um exemplar de qualquer peso, utilizando os tamanhos mínimos de captura.
Contando somente com a pesca profissional, o pescador artesanal Durvalino da Silva Prado, sustenta 11 filhos e recebeu o seguro defeso durante a proibição. Morador do bairro Guanã I, agora ele volta a acordar às 4 horas da manhã para ir pescar. “Chego a ganhar de R$ 700 a R$ 800 por mês com a pescaria. Saímos em lanchas e ficamos dia e noite no rio até bater a meta de 100 quilos. Quando volto a Corumbá vendo para quem chegar primeiro, não tenho clientes fixos”, explicou. O pescador vende a R$ 8,00 ou R$ 9,00 o quilo de peixe de qualquer espécie.
Quem também estava recebendo o seguro defeso e começou a semana trabalhando é o pescador Otávio Saturnino. Durante a entrevista, ele exibia o cachara de 5 quilos que tinha acabado de pescar. “Eu vendo por R$ 50,00, para quem quiser. Não trabalho com venda fixa”, disse ele, que há 33 anos sobrevive da pesca. Otávio comentou que estava sobrevivendo do dinheiro do seguro, mas fazia alguns trabalhos para manter o sustento da família. “Fazia alguns bicos na cidade, para sempre ter um dinheirinho. Além de pegar 3 quilos de peixe ou um exemplar, que nos foi permitido.” De acordo com Colônia de Pescadores Z-1, existem 1.300 pescadores registrados e habilitados em Corumbá e que estão retomando os trabalhos esta semana.
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