Perda com pontes e desabrigados já soma quase metade do que Novo Horizonte produz

Chuvas que castigam um dos municípios mais pobres do Estado também afetam outras cidades como Cassilândia e Antônio João

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Chuvas que castigam um dos municípios mais pobres do Estado também afetam outras cidades como Cassilândia e Antônio João

Os estragos provocados em Novo Horizonte do Sul, uma das principais cidades de Mato Grosso Sul afetadas por pelas chuvas desde o início do ano, são equivalentes a quase metade de todo o dinheiro que se movimenta no município durante um ano, segundo informações do prefeito da cidade, Marcilio Álvaro Benedito (PMDB).

De acordo com o prefeito, estudos feitos pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), Agehab (Agência Estadual de Habitação) e Defesa Civil do Estado contabilizaram que os estragos em Novo Horizonte do Sul chegaram a R$ 17,1 milhões, enquanto que o Produto Interno Bruto do município é de R$ 38 milhões, ou seja, os prejuízos com relação às residências, rodovias, erosões e pontes provocados pela chuva equivalem a 45% do PIB do município.

“Segundo a Agesul, Agehab e Defesa Civil do Estado, os prejuízos são de cerca R$ 17,7 milhões e o nosso PIB é de R$ 38 milhões, não temos muito o que fazer sozinhos, estamos esperando os recursos estaduais e federais”, afirma o prefeito.

Recursos esses que o prefeito espera receber em breve, já que ele afirma que o governo Estadual pediu nessa semana ao Federal R$ 15 milhões. Segundo o prefeito, o governador André Puccinelli já se comprometeu a completar o que falta do dinheiro que é esperado que seja liberado pelo Ministério da Integração.

“Esta semana fomos até Brasília e foi pedido junto com o governador R$ 15 milhões para Novo Horizonte do Sul, já o governo Estadual se comprometeu a ajudar com R$ 2,1 milhões. Estamos esperando que a resposta do Ministério da Integração aconteça entre quarta e quinta-feira”, afirma o prefeito.

Com o dinheiro, o prefeito disse que haverá a recuperação de 37 casas, 8 pontes e mais 75 km de estradas que ficaram destruídas. Além disso, ele afirma que serão feitas micro-bacias em 760 propriedades rurais para amenizar os efeitos da chuva.

Quando perguntado sobre qual é o principal problema da cidade no momento, o prefeito afirma que são os desvios que ligam a cidade ao resto do Estado. De acordo com ele, um aterro feito pelo Agesul em um dos desvios não suportou o volume da água e cedeu, já o outro que passa por dentro de uma fazenda, devido às chuvas, fica intransitável e acaba isolando a cidade.

Cassilândia e Antônio João

As cidades de Cassilândia e Antônio João também estão sofrendo com as chuvas que estão atingindo o Estado em janeiro. Na cidade de Cassilândia, as chuvas dos últimos dias fizeram com que dois córregos da cidade transbordassem: o Cedro e o Palmito, que são afluentes do rio Aporé.

Por causa da chuva, 50 famílias ficaram desabrigadas e estão com medo de voltarem para suas casas, por isso estão alojadas na Escola Municipal Cemeic e no Centro de Referência de Assistência Social. Além disso, algumas pontes da zona rural também sofreram danos. A prefeitura está fazendo os levantamentos dos danos.

Em Antônio João, as chuvas também estão causando preocupação, já que o prefeito Juneir Martinez Marques decretou “situação de emergência”. As chuvas que são constantes desde dezembro danificaram estradas, pontes e dutos de transposição na área rural, isso está afetando a economia do município, já que não está sendo possível o escoamento da produção agrícola e pecuária que são as principais atividades econômicas da cidade.

“Esta situação de anormalidade é válida para a área rural deste município, comprovadamente afetada pelo desastre”, assinala Junei Marques no decreto

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