Nelsinho Trad não revelou, contudo, os trechos que devem ser desapropriados; ideia é deixar a avenida em linha reta

O prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, do PMDB, disse nesta manhã que ao menos 10% dos imóveis, entre os quais casas e comércio, construídos na avenida Júlio de Castilhos, uma das principais vias da cidade que liga bairros ao centro, devem ser desapropriados em data ainda não fixada. A ideia, segundo o prefeito, é deixar a avenida em linha reta porque que a estrada possui  trechos sinuosos e que, na interpretação dos inventores do projeto, atrapalharia as modificações planejadas.

A obra que deve “ajustar” a via deve custar, afirmou o prefeito, em torno de R$ 16 milhões, dinheiro já captado por meio de empréstimo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e de um projeto federal conhecido como pró-transportes.

Nelsinho não aprofundou o assunto das desapropriações, que deve ser polêmico, por acreditar que isso poderia mexer com a “animosidade” dos moradores.

O prefeito não citou valores nem apontou os trechos das desapropriações. Entre as décadas de 1980 e 1990, alguns projetos tentaram mexer na estrutura da avenida, uma delas a que tornou a via de mão única, ideia rechaçada depois pelos comerciantes e habitantes da rua.