Operação da PF contra tráfico cumpre mandados em MS e três estados
São 50 mandados para prender brasileiros, europeus, colombianos, bolivianos e paraguaios especializados no tráfico internacional de entorpecentes; 21 pessoas foram presas em flagrante
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São 50 mandados para prender brasileiros, europeus, colombianos, bolivianos e paraguaios especializados no tráfico internacional de entorpecentes; 21 pessoas foram presas em flagrante
A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira (17) mandados de prisão e de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul e três estados – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais – para desmantelar uma quadrilha formada por brasileiros, colombianos, bolivianos e europeus, baseada na capital paulista, especializada no tráfico internacional de entorpecentes.
As investigações da Operação Deserto começaram há 18 meses e contaram com a cooperação de organismos policiais de países da América do Sul e Europa. A PF cumpre 50 mandados de prisão temporária, com prazo inicial de 30 dias, e mais 38 mandados de busca e apreensão.
Durante as investigações, 21 pessoas foram presas em flagrante e foram apreendidos 2.355 quilos de cocaína; produtos químicos e maquinários destinados à preparação e adulteração de drogas; armas e munições, incluindo armamento bélico – dez granadas anti-tanque; 33 veículos; uma aeronave avaliada em R$ 250 mil; e aproximadamente R$ 500 mil.
Segundo a Polícia Federal, a droga vinda da Bolívia era enviada para a Europa e África. O produto também era, em menor escala, distribuído no Brasil
Durante as investigações, foi verificada a existência de quatro células que, de maneira permanente e coordenada, articulavam-se na tentativa de garantir o sucesso da empreitada. A primeira célula é formada pelos fornecedores da cocaína na Bolívia, local de armazenamento até que houvesse a remessa para o Brasil. Dois irmãos colombianos residentes em Santa Cruz de La Sierra atuavam intensamente nessa fase, segundo a PF.
A segunda célula é constituída pelos compradores da droga, traficantes brasileiros e estrangeiros, com atuação concentrada nos grandes centros, especialmente na cidade de São Paulo. A terceira célula coordenava os negócios do grupo no Brasil e tinha como gerente um advogado que trabalhava como assessor parlamentar na região de São José do Rio Preto, no interior paulista. O suspeito seria, segundo a polícia, homem de confiança dos irmãos colombianos que chefiam o grupo.
A quarta célula seria integrada pelos intermediários, formando uma rede de colaboradores, que atuavam no transporte aéreo e terrestre da cocaína e na guarda do entorpecente antes da entrega aos compradores.
Os presos serão indiciados, de acordo com suas participações, pelos crimes de tráfico internacional de cocaína, precursores químicos e maquinários destinados à preparação e adulteração da droga; associação para o tráfico; financiamento do crime de tráfico; e tráfico internacional de arma de fogo de uso restrito.
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