MPF ainda não ofereceu denúncia contra envolvidos na operação Tellus
O Ministério Público Federal ainda não ofereceu denúncia contra os suspeitos de fraudarem a distribuição de lotes em assentamentos no Estado de Mato Grosso do Sul. A operação “Tellus” da Polícia Federal deflagrada no dia 30 de agosto deste ano, resultou na prisão de 19 pessoas, entre elas o ex-superintendente Incra (Instituto Nacional de Colonização […]
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O Ministério Público Federal ainda não ofereceu denúncia contra os suspeitos de fraudarem a distribuição de lotes em assentamentos no Estado de Mato Grosso do Sul. A operação “Tellus” da Polícia Federal deflagrada no dia 30 de agosto deste ano, resultou na prisão de 19 pessoas, entre elas o ex-superintendente Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Waldir Cipriano Neto.
A informação no MPF é que o procurador Marco Antonio Delfino de Almeida está de férias e retornará após o dia 7 de dezembro, porém ele ainda não apresentou denúncia contra os envolvidos na ação.
De acordo com o MPF, algumas ações já foram efetuadas na esfera cível, inclusive o afastamento de servidores, porém a ação corre em segredo de justiça e não poderiam ser passadas outras informações sobre o assunto.
E as ações da MPF foram motivos de reclamação dos assentados que estão desde a manhã desta quarta-feira em frente ao prédio do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) no Centro da Capital.
Eles prometem ficar nas imediações do prédio até que sejam atendidos pela diretoria da entidade e tenham respostas a reivindicações solicitadas por eles.
Eles denunciam que as atividades do Incra estão paralisadas desde a operação.
Na manhã de hoje, segundo um dos líderes dos assentados Jonas Carlos da Conceição, uma reunião em Brasília foi realizada para discutir os problemas reivindicações dos assentados, porém ainda não houve resposta e os assentados não foram recebidos por ninguém.
Jonas que é do assentamento Ernesto Che Guevara, em Sidrolândia, explicou que os representantes de 22 assentamentos que estão no local deverão permanecer lá até sair alguma decisão sobre as reivindicações feitas por eles.
“Não somos contra as ações do MPF nem das investigações, porém não aceitamos que todas as famílias sejam punidas, não podemos ficar no sofrimento. A polícia e a justiça tem que punir apenas os que estão em situação irregular e não todos assentados como está acontecendo agora”, reclamou ele.
Segundo os assentados, todas as ações pararam e atualmente o Incra está sem um superintendente oficial no Estado. “O superintendente que está atuando aqui é na verdade do Rio de Janeiro e não pode fazer nada. Nosso Estado tem meios diferentes, uma cultura diferente que ele não entende”, explicou Jonas.
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