Ministro anuncia em Dourados investimento de R$ 2,5 milhões para a cadeia da pesca

O reitor da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), professor doutor Damião Duque de Farias, lançou nesta sexta-feira (19), com a presença do ministro da Pesca e Aquicultura (MPA), Altemir Gregolin, o Plano Estratégico de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Pescado no Território da Grande Dourados-MS. A universidade é a articuladora do plano e realizará projetos […]

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O reitor da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), professor doutor Damião Duque de Farias, lançou nesta sexta-feira (19), com a presença do ministro da Pesca e Aquicultura (MPA), Altemir Gregolin, o Plano Estratégico de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Pescado no Território da Grande Dourados-MS. A universidade é a articuladora do plano e realizará projetos em pesquisas científicas e de inovação tecnológica que somam aproximadamente R$ 8,4 milhões.

Para o reitor Damião Duque de Farias, o Plano representa o que a UFGD quer e é. “Nós queremos o crescimento econômico com distribuição de riqueza e melhoria na renda da população e nascemos a partir da mobilização da sociedade e com o propósito de ampliar a articulação da universidade com a comunidade, promovendo desenvolvimento econômico, social e cultural. Nesse Plano será investido um total de R$ 24,5 milhões que com certeza repercutirão positivamente na cidade e região”, afirmou o reitor. 

A solenidade oficializou o Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o MPA e a UFGD e na ocasião foi apresentado o Plano Estratégico pelo Prof. Dr. Cristiano Márcio Alves de Souza, da Assessoria de Projetos, Captação de Recursos e Inovação Tecnológica da UFGD, membro do Grupo de Trabalho do Pescado e pesquisador da universidade.

Empenhando esforços para proporcionar a base acadêmica para estruturação da cadeia de pescado, a UFGD é parceira de várias ações e proponente de quatro projetos: “Centro de Tecnologia do Pescado a Grande Dourados – MS”, do doutor Gustavo Graciano Fonseca (Faculdade de Engenharia), no valor de R$ 2,4 milhões; “Ações da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares no desenvolvimento da Piscicultura e Pesca no Território da Cidadania da Grande Dourados”, da doutora Marisa Lomba de Farias (Faculdade de Ciências Humanas), no valor de R$ 1,05 milhão; “Centro de Piscicultura Experimental, Treinamento e Difusão de Tecnologia da Grande Dourados – MS” e “Programa de Treinamento e Difusão de Tecnologia sobre as demandas da piscicultura do Território da Cidadania Grande Dourados”, das doutoras Fabiana Cavichiolo (Faculdade de Ciências Agrárias) e Márcia Regina Russo (Faculdade de Ciências Biológicas), representando respectivamente R$ 3,9 milhões e R$ 1,1 milhão.

Além desses, diversos professores da UFGD têm direcionado projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão para a piscicultura. Exemplo disso foi a aprovação pelo Ministério da Educação (MEC), em junho de 2010, por meio do Edital nº5 PROEXT 2010 MEC/SESu, dos seguintes trabalhos para extensão universitária com ênfase na inclusão social: “Capacitação e Introdução tecnológica na cadeia da Piscicultura na região de Dourados e Mundo Novo- MS”  e “Processamento e Boas Práticas de fabricação de Produtos Aplicados ao Desenvolvimento Sustentável do Setor Aquícola da Região Sul do Mato Grosso do Sul”. Além de ações mais específicas dos cursos das Faculdades de Engenharia (FAEN), Ciências Agrárias (FCA) e Ciências Biológicas e Ambientais (FCBA).

O PLANO

O objetivo do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Pescado no Território da Grande Dourados-MS é diversificar a economia territorial, articulando geração de empregos, renda e alimentos com inclusão social, sustentabilidade ambiental e agregação de valor na cadeia do pescado.
Para isso, entre as metas estão: Incorporar 700 agricultores familiares na atividade da piscicultura; Ampliar a lâmina d’água em 1.300 hectares; Elevar a produtividade da piscicultura para 7 ton/hectare/ano; Fornecer pescado para a merenda escolar dos 90.404 estudantes da rede pública de educação básica do Território Grande Dourados ao menos uma vez por semana; Elevar a produção de pescado para 13 mil toneladas/ano; Elevar o consumo de pescado do território e em Campo Grande para 12 kg/habitante/ano; Processar 1.250 toneladas/ano no entreposto de pescado; Ampliar a capacidade de fornecimento ou produção de ração para peixe instalada no território para 10 mil toneladas/ano; e ampliar a capacidade de produção de alevinos no Território para 7 milhões de alevinos/ano.

As instituições que fizeram o Plano Estratégico compõem o Grupo de Trabalho Territorial para o Fortalecimento da Cadeia do Pescado (GTT Pescado), formado por: Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), ambos com tarefa de coordenação, Embrapa Agropecuária Oeste (CPAO), Banco do Brasil, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Cooperativa MSPEIXE, Prefeitura Municipal de Dourados, Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Agência de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresário (Sebrae) e  Câmara Setorial de Piscicultura do MS.

PROJETOS DA UFGD NO PLANO

O “Centro de Piscicultura Experimental, Treinamento e Difusão de Tecnologia” compreende a construção e equipamento de um centro para realização de pesquisas e capacitações aliadas ao fornecimento de alevinos para piscicultores familiares, no valor de R$ 3,9 milhões, e capacitações e pesquisas em piscicultura dirigidos aos piscicultores familiares, no valor de R$ 1,1 milhão.
O Centro de Tecnologia do Pescado prevê a construção e equipamento de um centro para gerar tecnologias de processamento do pescado, no valor de R$ 1 milhão, e pesquisa, desenvolvimento tecnológico e capacitação de agentes técnicos e piscicultores em tecnologias de processamento do pescado, no valor de R$ 1,4 milhão.
No projeto de Desenvolvimento da economia solidária e incubação tecnológica de cooperativas populares será realizado o mapeamento e diagnóstico dos grupos de piscicultores existentes e desenvolvimento de estratégia de organização dos piscicultores familiares em grupos de economia solidária, no valor de R$ 1,05 milhão.

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