Minha filha era agressiva, diz avô sobre adolescente que matou menino de 1 ano
“Minha filha era uma pessoa muito agressiva. Eu e a mãe sempre ficávamos no pé dela para cuidar do menino, mas muitas vezes ela até nos ofendia com palavrões.” As palavras são do pai da adolescente de 15 anos que confessou ter matado, junto com o namorado, Claudinei da Silva Cruz, 19, o próprio filho, […]
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“Minha filha era uma pessoa muito agressiva. Eu e a mãe sempre ficávamos no pé dela para cuidar do menino, mas muitas vezes ela até nos ofendia com palavrões.” As palavras são do pai da adolescente de 15 anos que confessou ter matado, junto com o namorado, Claudinei da Silva Cruz, 19, o próprio filho, Marcos Antônio, de 1 ano e um mês.
Carlos Agaranhão de Almeida, de 39 anos, deu entrevista ao Diário, após ter chegado da delegacia, pois estava acompanhando a filha nos depoimentos. Transtornado, ele contou que no domingo, a criança passou a tarde toda com os familiares, chegando a dormir com o avô. “Por volta de meia-noite, pessoas vieram me avisar que haviam matado meu neto. Eu não acreditei. A princípio, pensei que fosse outra pessoa, talvez um ladrão, mas jamais imaginaria que minha própria filha tivesse matado meu neto. Marcos passou a tarde toda em minha casa, brincou no quintal e dormiu comigo em minha cama. Depois, a mãe o buscou e fiquei sabendo que haviam ido para uma festa, nunca passaria pela minha cabeça que era o último dia de vida de meu netinho”, revelou.
O pai afirma que segundo sua condição de pedreiro, sempre deu à filha o que estava ao alcance. “Sou pedreiro, minhas condições financeiras e da mãe não são tão boas, mas nunca ninguém em nossa família roubou, matou, nem sequer pediu na rua. Não entendo por que ela fez isso. Demos estudo à ela. Uma prova disso é que com 15 anos, estava no primeiro ano do Ensino Médio. Ela começou a ficar agressiva, a não obedecer de uns dois anos para cá. Talvez, se eu e a mãe tivéssemos um pouco mais de pulso firme com ela, meu neto estaria vivo.”
Carlos Almeida, que é separado da mãe da adolescente, disse que, além da morte do neto, outro momento chocante foi quando soube a verdade. “Na frente do delegado, em minha frente e da mãe, ela negou que matou a criança, ela mentiu muito. Depois acabou falando a verdade e isso fez com que meu mundo caísse. Como acreditar que minha filha de 15 anos, esfaqueou o próprio filho? Que ela era agressiva, que me respondia, que muitas vezes deixou o bebê de lado, isso eu já sabia. Mas matar é algo pra sempre, é uma marca, é uma cruz, não só pra ela, mas pra todos nós,”
Perguntado pela reportagem se perdoaria a filha, o pedreiro foi enfático: “Parece que esqueci o significado desta palavra. Que enquanto ela ficar ‘presa’ (apreendida), pense em como o menino estaria crescendo, que ela pense em como seria a vida dela com o bebê. Que ela pense em como ela estragou a vida dela e a do filho. Não sei se até ela sair, eu ainda me lembre do que essa palavra significa. Não sei se quero vê-la novamente, sei que agora é um momento em que todos estamos muito abalados, mas o que digo é de coração. Não sei se perdoo minha filha, ela foi muito cruel”, desabafou.
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