Midia nacional destacou boa iniciativa do juiz de Terenos em 2007

O portal G1, em reportagem publicada no dia 26 de setembro de 2007, deu destaque a uma iniciativa até então inusitada no Poder Judiciário sul-mato-grossense: o juiz José Berlange, da cidade de Terenos, deixou o gabinete e promoveu audiências em vilarejos como meio de acelerar o ritmo dos processos. Eis a reportagem do G-1 Para […]

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O portal G1, em reportagem publicada no dia 26 de setembro de 2007, deu destaque a uma iniciativa até então inusitada no Poder Judiciário sul-mato-grossense: o juiz José Berlange, da cidade de Terenos, deixou o gabinete e promoveu audiências em vilarejos como meio de acelerar o ritmo dos processos.

Eis a reportagem do G-1

Para acelerar o julgamento de mais de 3 mil processos, um juiz do Interior de Mato Grosso do Sul está mudando a rotina do Judiciário. As audiências estão sendo feitas bem longe do fórum, no meio da comunidade, onde estão os problemas. Até um bar foi usado como sala de audiências.

Mais da metade da população de Terenos mora na Zona Rural. Como o acesso ao fórum é difícil por causa das distâncias, o único juiz da cidade decidiu levar a Justiça até a comunidade. “Não há ligação do campo com a cidade regular para que a pessoa possa vir normalmente”, diz o juiz José Berlange.

Ele e os assessores saem do gabinete e enfrentam a estrada de terra. Até um vilarejo conhecido como Ponte do Grego, o trajeto tem 42 quilômetros. “Quando falaram que a Justiça viria até nós, achamos um fato inédito”, diz Zélia Flores.

Um dos processos julgados se arrastava há mais de 12 anos. Era uma disputa de terra entre um fazendeiro da região e posseiros. Em uma audiência que durou mais de quatro horas, na Zona Rural, foi tomada a decisão final: o dono da área vai receber 20% do valor dos lotes e o restante em dez parcelas.

Silvio da Cunha, que vive há nove anos em um dos lotes invadidos, aprovou o desfecho do conflito. “Agora é só pagar e usufruir”, diz ele.

A próxima etapa da Justiça de Terenos vai ser em um assentamento de reforma agrária onde 900 famílias brigam pela posse de lotes.

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