Marina: “Indio não está preparado para ser cacique do Brasil”

A candidata pelo Partido Verde à Presidência, Marina Silva, chamou de desrespeitosas as acusações do candidato a vice de José Serra (PSDB), Indio da Costa (DEM), de que o PT tem ligações com as (Forças Armadas Revolucionároas da Colômbia (FARC) e o narcotráfico, durante entrevista na Rede Mobilizapsdb, sexta-feira à noite. “Eu acho que talvez […]

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A candidata pelo Partido Verde à Presidência, Marina Silva, chamou de desrespeitosas as acusações do candidato a vice de José Serra (PSDB), Indio da Costa (DEM), de que o PT tem ligações com as (Forças Armadas Revolucionároas da Colômbia (FARC) e o narcotráfico, durante entrevista na Rede Mobilizapsdb, sexta-feira à noite.

“Eu acho que talvez o deputado Indio (da Costa) ainda não esteja suficientemente preparado para ser cacique do Brasil”, afirmou Marina, acrescentando que “tenho respeito pelo Partido dos Trabalhadores e pelo PSDB e não acho que seja bom para a democracia esse tipo de acusação e desqualificação.”

Marina Silva disse ainda que “aprendi com os índios da Amazônia que é muito importante estar bem preparado politicamente, tecnicamente e, inclusive, emocionalmente para poder pretender o lugar de cacique, é preciso muita maturidade”, em alusão ao vice de José Serra, candidato do PSDB à presidência da República.

Na próxima terça-feira (20), Marina embarca para Nova York, onde discursará em evento na Bolsa de Valores. O texto está sendo preparado pelo seu vice, o empresário Guilherme Leal, e o economista Eduardo Gianetti. Alfredo Sirkis, presidente do PV no Rio de Janeiro, já está na cidade americana para realizar os preparativos. Ela também inaugurará uma “Casa de Marina” em Nova York.

Durante o 13º Festival do Japão, em São Paulo, Marina, que estava acompanhada do candidato ao governo do Estado pelo PV, Fábio Feldmann, voltou a condenar a propaganda eleitoral antecipada. “Por mais importantes que sejam os generais eleitorais, temos que respeitar as leis”, disse a candidata em referência aos recentes elogios que o presidente Lula e o governador de São Paulo, Alberto Goldman, teceram aos candidatos à presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), respectivamente.

Recebida pelo presidente da Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil, Akeo Uehara Uogui, Marina reconheceu a importância da comunidade oriental para o Estado de São Paulo. “A comunidade japonesa é muito importante para o Brasil e para o Estado de São Paulo (…) sei a importância que têm na prestação de serviços, são pessoas que atuam no nosso País dando base de conhecimento tecnológico, que também é importante”.

Quanto às pesquisas eleitorais, a candidata minimizou o fato de estar estagnada em terceiro lugar, com 10%, segundo a última pesquisa Ibope. “Estamos aqui para colocar o eleitor no centro da disputa. Na democracia, quem vai decidir não são aqueles que têm mais tempo de TV, mais estrutura, mais dinheiro. Quem vai decidir é o eleitor”.

Marina ainda disse que tinha certeza sobre a isenção de seu vice, Guilherme Leal, recentemente investigado e inocentado pelo Ibama por crime ambiental no sul da Bahia. “Eu sabia, tinha profunda convicção que a honra do Guilherme não seria tisnada com este movimento de querer colocá-lo como contraventor ambiental. Que bom que existem aqueles que trabalham com fatos e não apenas com a pressão da versão”, afirmou.

No Festival, que contou com culinária, cosplayers, concurso de modelos e novidades de empresas japonesas, Marina fez corpo a corpo e foi parada principalmente por mulheres e jovens. Além disso, pediu votos dos eleitores e as frases mais utilizadas pela candidata foram “conto com você” e “dá uma força”.

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