Marina diz que exilados não podem ser chamados de fugitivos

A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira que os exilados políticos do período da ditadura militar [1964-1985] não podem ser chamados de fugitivos. A senadora ressaltou que eles também contribuíram, do exterior, para a luta pela redemocratização do país. “Os que saíram do Brasil não fugiram, fizeram um ato de legítima […]

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A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira que os exilados políticos do período da ditadura militar [1964-1985] não podem ser chamados de fugitivos. A senadora ressaltou que eles também contribuíram, do exterior, para a luta pela redemocratização do país.

“Os que saíram do Brasil não fugiram, fizeram um ato de legítima defesa de sua vida”, disse, após participar de debate sobre meio-ambiente promovido pela revista “CartaCapital” em São Paulo.

A polêmica sobre os exilados foi lançada no último sábado, quando a pré-candidata petista Dilma Rousseff disse não ter fugido da luta contra a ditadura. Políticos da base aliada e da oposição criticaram a declaração da ex-ministra.

Perguntada sobre o assunto, Marina disse se inspirar no exemplo da adversária e citou um embate entre Dilma e o senador José Agripino Maia (DEM-RN), em maio de 2008. Na ocasião, a ex-ministra relembrou o sofrimento na tortura e disse que ela e Agripino estiveram em lados opostos durante o regime.

Hoje, em seu Twitter, Dilma Rousseff deu explicações sobre a declaração. “O exílio significou a diferença entre a vida e a morte para alguns exilados brasileiros”, escreveu ela pela manhã no Twitter. “Querer dizer que eu os critiquei só pode ser má fé.”

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