Marina defende que parte do dinheiro do pré-sal vá para programas sociais

Em visita hoje (10) à Represa de Guarapiranga, na capital paulista, a candidata do Partido Verde (PV) à Presidência da República, Marina Silva, reafirmou que prefere falar sobre sua plataforma de governo a criticar ou opinar sobre os outros candidatos. Segundo ela, sua plataforma está disponível à sociedade brasileira para que sejam adicionadas contribuições e […]

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Em visita hoje (10) à Represa de Guarapiranga, na capital paulista, a candidata do Partido Verde (PV) à Presidência da República, Marina Silva, reafirmou que prefere falar sobre sua plataforma de governo a criticar ou opinar sobre os outros candidatos.

Segundo ela, sua plataforma está disponível à sociedade brasileira para que sejam adicionadas contribuições e a expectativa é a de um debate aberto com os diferentes setores da sociedade.
“Eu acho que os candidatos não tinham se preparado para o debate, tinham se preparado para o embate”, disse.

A uma pergunta sobre sua relação com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a candidata respondeu que seu relacionamento com os movimentos sociais é de respeito, porque o país é democrático com uma Constituição que assegura o direito de movimentação e organização. “Desde que não extrapolem o Estado Democrático de Direito, todos devem ser respeitados”.

Sobre a opção de voto declarada durante a semana pelo presidente do MST, João Pedro Stédile, Marina Silva disse que às vezes os líderes sinalizam um caminho, mas que as pessoas são livres para fazer suas opções.

“A democracia é isso. Eu respeito todos aqueles que manifestam o voto de acordo com sua identidade e simpatias. Estou aqui para fazer o debate democrático com os outros candidatos e o diálogo de convencimento com o eleitor”.

Em relação ao pré-sal, a candidata defendeu cautela e disse esperar que os problemas da reforma tributária não sejam transferidos para o pré-sal. Segundo ela, é justo que haja uma partilha dos benefícios de exploração, mas essa partilha deve ser definida a partir do novo marco regulatório. “Um marco regulatório no qual esse recurso não esteja na plataforma continental, favoreça o conjunto do país sem prejudicar os estados produtores”.

De acordo com a candidata, a discussão sobre o pré-sal está contaminada pelo processo eleitoral e deveria ter sido adiada para depois das eleições. “Agora é o vale-tudo. Quem der o maior lance é quem ganha maior simpatia eleitoral”.

Para a candidata, parte dos recursos obtidos com a exploração do pré-sal deve ser destinada às políticas sociais e outra parte à tecnologia e inovação, para a pesquisa de novas fontes de energia que substituam os combustíveis fósseis. “Temos que sair do mal necessário para o bem desejável, que são as energias limpas, renováveis, seguras. Vamos ter que sair da idade dos combustíveis fósseis não por falta deles, é porque temos que produzir a energia do século 21, a energia da crise ambiental global que pode destruir o planeta”.

Marina Silva não cumpre mais compromissos de campanha neste fim de semana. Na segunda-feira (12), ela viaja para São José dos Campos (SP), no Vale do Paraíba, onde visita o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial do Instituto de Aeronáutica e Espaço (DCTA/IEA) e a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer).

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