José Sarney nega formação de ‘blocão’ no Senado
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negou nesta quarta-feira a formação de um “blocão” de partidos da base aliada na Casa, similar ao que foi anunciado na véspera na Câmara dos Deputados. “Não temos isso em vista aqui. Até agora ninguém tratou da criação de blocos aqui”, disse Sarney, segundo informações da Agência Senado. […]
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O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negou nesta quarta-feira a formação de um “blocão” de partidos da base aliada na Casa, similar ao que foi anunciado na véspera na Câmara dos Deputados.
“Não temos isso em vista aqui. Até agora ninguém tratou da criação de blocos aqui”, disse Sarney, segundo informações da Agência Senado.
Na terça-feira, o PMDB anunciou a formação de um grande bloco partidário na Câmara dos Deputados com o objetivo de indicar um candidato para o posto de presidente da Casa.
Além do PMDB, o bloco seria formado por PR, PP, PTB e PSC, e contaria com 202 deputados, número que daria força para as siglas fazerem reivindicações à presidente eleita Dilma Rousseff.
“Ajudamos a construir essa vitória, então, temos absoluta responsabilidade com o êxito de seu governo. Não esperem da gente nenhuma atitude de confronto nem de conflito. Nós somos muito responsáveis e sabemos que todos nós igualmente, maior ou menor, fizemos por essa eleição”, disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), um dos nomes cotados para presidir a Casa, segundo a Agência Câmara.
Posteriormente, no entanto, o PP negou que tenha firmado acordo para fazer parte do bloco. “Nós não sentamos para conversar com o PMDB”, informou o líder da legenda na Câmara, João Pizzolatti.
“Até porque é preciso consultar o partido, as bases”, acrescentou. Os líderes dos partidos devem tentar chegar a um consenso nos próximos dias.
Por ter eleito a maior bancada para a Câmara na eleição deste ano, o PT reivindica o direito de eleger o presidente da Câmara. Já o PMDB defende o acordo pelo qual os partidos obedeceriam a um rodízio do comando da Casa.
O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que pleiteia o posto, negou que a formação do bloco seja um movimento para isolar o PT e afirmou que a decisão não causa um racha entre os partidos governistas.
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