Jerson Domingos, criticado por ter campanha bancada pelo jogo do bicho, não aparece em sessão

O presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos, do PMDB, não apareceu na sessão desta quinta-feira. Ele estaria participando de uma missão oficial, no interior do Estado. De acordo com ex-presidente da OAB-MS, Marcelo Barbosa Martins, a campanha eleitoral do peemedebista é bancada pelo jogo do bicho. Deputados colegas do presidente não quiseram comentar o caso. […]

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O presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos, do PMDB, não apareceu na sessão desta quinta-feira. Ele estaria participando de uma missão oficial, no interior do Estado. De acordo com ex-presidente da OAB-MS, Marcelo Barbosa Martins, a campanha eleitoral do peemedebista é bancada pelo jogo do bicho. Deputados colegas do presidente não quiseram comentar o caso.

A sessão desta quinta-feira é conduzida pelo vice-presidente da Casa, Pedro Kemp, do PT, que garantiu que a ausência de Jerson já havia sido comunicada antes da divulgação do pronunciamento de Marcelo Martins.

Martins é membro da Comissão Especial de acompanhamento das denúncias de corrupção que envolveriam os três poderes e o Ministério Público Estadual.

No dia 22, num discurso que fez na sede da OAB, em Campo Grande, ele disse que “há anos” o dinheiro arrecadado com o jogo do bicho banca “a eleição do presidente da Assembleia [Jerson Domingos, do PMDB]” e “tudo fica como se nada acontecesse”.

Martins disparou ataques também contra o Poder Judiciário e o MPE (Ministério Público Eleitoral). Enquanto a contravenção financia a campanha de Jerson, o MPE “é surdo, cego e mudo”.

Já o dono do bicho, cunhado de Jerson, é citado assim no discurso do ex-presidente da Ordem: “banqueiro da contravenção, sr Jamil Name, admirado nas altas rodas pela simpatia, dá festas em sua residência e lá recebe autoridades do executivo, deputados e desembargadores”.

Na eleição de 2006, a campanha de Jerson Domingos recebeu R$ 160 mil de Jamil Name, segundo relatório do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Marcelo Martins, ao tratar no pronunciamento sobre o Poder Judiciário, disse isso: “Presidentes do Tribunal de Justiça aceitam convite e passam finais de semana em pesqueiro do Presidente da Assembléia. Nesta intimidade entre as autoridades dos poderes, nesse clima de confusão entre o que é da seara pública e da privada, são decididas grandes questões, levando-se em conta tão somente interesses escusos”.

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