Haitianos exigem retirada das forças de paz das Nações Unidas

Os protestos no Haiti contra as forças de paz das Nações Unidas se espalharam ontem (18) por vários bairros da capital Porto Príncipe. Os manifestantes gritavam slogans como “Cólera, foi a Minustah [forças de paz das Nações Unidas] que nos deu” ou “Minustah, volte para casa”. Revoltados, os manifestantes responsabilizam os militares das tropas do […]

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Os protestos no Haiti contra as forças de paz das Nações Unidas se espalharam ontem (18) por vários bairros da capital Porto Príncipe. Os manifestantes gritavam slogans como “Cólera, foi a Minustah [forças de paz das Nações Unidas] que nos deu” ou “Minustah, volte para casa”. Revoltados, os manifestantes responsabilizam os militares das tropas do Nepal pela epidemia de cólera que atinge a população do Haiti.

Segundo informação da BBC Brasil, a polícia disparou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que montaram barricadas e atiraram pedras em veículos das Nações Unidas. Segundo o Centro para Controle de Doenças Infecciosas (CDC), baseado em Atlanta, nos Estados Unidos, cerca de 1,3 milhão de haitianos ainda vivem em campos de desabrigados após o terremoto de janeiro, dificultando o acesso a água potável, condições sanitárias e atendimento à saúde.

De acordo com os dados oficiais, o cólera foi identificado nas dez regiões do Haiti. Cerca de 1,1 mil pessoas morreram em consequência da doença no último mês e cerca de 17 mil casos da doença já foram registrados no país. A maioria das 38 mortes registradas na capital ocorreram na favela Cité Soleil.

No último dia 15, os confrontos entre haitianos e as tropas da Organização das Nações Unidas (ONU) no Norte do país deixaram duas pessoas mortas e pelo menos 20 feridas. As manifestações ocorrem a menos de duas semanas da eleição presidencial, marcada para o dia 28 de novembro.

Ontem (18) tiroteios esporádicos podiam ser ouvidos, após os manifestantes tomarem as ruas de Porto Príncipe. Centenas de jovens ergueram barricadas colocando fogo em pneus e atacaram veículos da Minustah, a missão de paz da ONU no país.

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