Greve: funcionários do HR param e são mantidos apenas atendimentos de emergência

Situação é de alerta para a saúde pública já que o hospital vai funcionar com 30% de sua capacidade, ou seja, as outras unidades hospitalares [HU e Santa Casa] deverão receber a demanda do HR

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Situação é de alerta para a saúde pública já que o hospital vai funcionar com 30% de sua capacidade, ou seja, as outras unidades hospitalares [HU e Santa Casa] deverão receber a demanda do HR

Sem conseguirem firmar acordo salarial com o governo estadual, servidores do Hospital Regional cruzam os braços nessa manhã em Campo Grande. A greve foi deflagrada por tempo indeterminado. Trezentos e vinte funcionários estão em frente ao hospital.

A situação é de alerta para a saúde pública, já que o hospital vai funcionar com 30% de sua capacidade, ou seja, as outras unidades hospitalares [HU e Santa Casa] deverão receber a demanda do HR.

A direção do hospital concedeu entrevista coletiva nesta manhã, para esclarecer como deve ficar o atendimento. Embora o diretor Ronaldo Queiroz diga que o hospital não vai parar de atender, o impacto deverá ser sentido, pois estarão suspensas todas as cirurgias agendadas.
O HR trabalha com 1.600 funcionários. São 320 leitos e 90% deles estão ocupados. “Lamentamos essa situação”, diz Queiroz.

A equipe de enfermagem vai manter 50% dos funcionários para o atendimento aos pacientes internados, explica o diretor. A prioridade neste momento de greve é manter o serviço nos setores do Pronto-Socorro, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e de  cirurgias de emergência.
O hospital faz de 15 a 20 cirurgias eletivas por dia, e ao mês são 60 de urgência.
No dia 12 de março o Ministério Público Estadual, o Ministério Público Federal e a direção do Hospital Regional foram informados sobre a paralisação iniciada hoje.

Os funcionários do HR não aceitam o reajuste salarial de 4,5% proposto pelo governo estadual.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul, Júlio César das Neves, os 1,6 mil servidores do HR não aceitaram o índice e pedem os seguintes reajustes:
Servidor que tem Ensino Fundamental – de R$ 436,00 para R$ 753
Ensino Médio – R$ 524,00 para R$ 904
Médico e auditor – R$ 1.310,00 – R$ 2.260,00
Nível superior/auditor – R$ 873,00 – R$ 1.506,00

“Em 2007 tivemos 0% de reajuste, em 2008 foram 3% e 2009, 6%; agora o governo nos apresenta somente 4,5%. Nós do Hospital Regional não aceitamos”, frisa Neves.
A saúde estadual tem 4 mil funcionários, mas, segundo o sindicalista, a paralisação atinge apenas os servidores do HR.

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