Governo anunciará pacote de crédito de longo prazo
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anuncia nos próximos dias um pacote de medidas para estimular o financiamento de longo prazo no país. Entre as ações que vão ser executadas pelo governo, estarão algumas das propostas de um documento, obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, lançado por meia dúzia de entidades, quatro delas […]
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anuncia nos próximos dias um pacote de medidas para estimular o financiamento de longo prazo no país. Entre as ações que vão ser executadas pelo governo, estarão algumas das propostas de um documento, obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, lançado por meia dúzia de entidades, quatro delas da indústria e uma da habitação, além da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Durante o período de elaboração, os autores do trabalho mantiveram intensa interlocução com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Em setembro, cópia do texto foi entregue a Mantega.
A receptividade foi positiva. O trabalho sugere, entre outros pontos, que quem compre títulos de dívida de longo prazo emitidos por empresas (10 anos, por exemplo) não pague Imposto de Renda; redução dos depósitos compulsórios (dinheiro que os bancos devem deixar no Banco Central, ou seja, não pode virar crédito) nos financiamentos para infraestrutura e habitação; e mudanças regulatórias que estimulem a negociação desses títulos no mercado financeiro.
Redigido pelo economista Claudio Frischtak, “Financiamento voluntário de longo prazo no Brasil – análise e recomendações” começou a ser feito no início deste ano por iniciativa do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e do Instituto Talento Brasil – associação sem fins lucrativos que tem o empresário Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas e filho do vice-presidente José Alencar, como um dos principais colaboradores. Ao longo da elaboração, o trabalho foi apresentado a outras entidades, que contribuíram com sugestões e acabaram por apoiá-lo.
No fim do processo, foi subscrito também pela Febraban, pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp, então dirigida interinamente pelo presidente da CSN, Benjamin Steinbruch) e Confederação Nacional da Indústria (CNI, já sob o comando de seu novo presidente, Robson de Andrade). (Com Agência Estado)
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