O governador André Puccinelli (PMDB) que tentará a reeleição disse hoje que não teme discriminação em seu virtual segundo mandato caso a petista Dilma Rousseff seja eleita presidente da República. Puccinelli declarou apoio ao adversário dela, José Serra (PSDB).

“Nas eleições anteriores eu apoiei o [Geraldo] Alckmin contra o Lula. O que precisa é ter projetos. Nem projetos no PAC [Plano de Aceleração do Crescimento] o Estado tinha. O PAC tinha sido idealizado no ano anterior [2006, mandato de Zeca] e não tinha nenhum projeto. Tive que correr para preparar os projetos”, respondeu durante a assinatura da ordem de serviço das obras do Hospital do Trauma, em Campo Grande.

Puccinelli disse que espera do governo federal, caso Dilma seja eleita, o mesmo tratamento que dá aos prefeitos do PT em Mato Grosso do Sul. “Eu mesquinhei com a Sandra Cassone, do PT, de Itaquiraí? (…) Eu mesquinhei com o João Carlos Lemes, do PT, de Bataguassu? Pergunta para eles. Um governante tem de atender todos por igual”, opinou.

Durante entrevista coletiva, Puccinelli disse ter feito sua opção por Serra porque as pesquisas apontaram que apoiando Dilma ele não teria vantagens eleitorais. O governador não tiraria votos do PT.

Além do mais, se não apoiasse Serra, provocaria a candidatura da senadora Marisa Serrano (PSDB) que entraria na disputa para dar sustentação local a campanha do tucano.

“Eu não estou apoiando o Serra e não a Dilma. Segui o que as pesquisas indicaram. Você faria o que? Iria lutar contra moinho de vento”, justificou.

Pesquisa Ibope divulgada na quarta-feira, dia 23, mostra Dilma Rousseff, com 40% das intenções de voto. Ela assume a liderança da corrida presidencial. José Serra aparece com 35%. Marina Silva (PV) tem 9% das intenções de voto, segundo o levantamento, encomendado ao instituto pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).