Fusão de Casas Bahia e Pão de Açúcar foi ‘tarefa difícil’, diz Diniz

O presidente do conselho de aministração do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, disse nesta sexta-feira (2) que as negociações para o acordo de fusão entre o Pão de Açúcar e Casas Bahia foram difíceis, duras e desgastantes. Em teleconferência para explicar os detalhes do novo acordo que foi assinado na quinta entre as duas […]

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O presidente do conselho de aministração do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, disse nesta sexta-feira (2) que as negociações para o acordo de fusão entre o Pão de Açúcar e Casas Bahia foram difíceis, duras e desgastantes.

Em teleconferência para explicar os detalhes do novo acordo que foi assinado na quinta entre as duas empresas, Diniz destacou, no entanto, que a convivência entre os executivos dos dois grupos nunca chegou a ser hostil.

“(a negociação) foi longa dura, perdemos muito tempo, foi desgastante. Desde o início, quando surgiram as divergências, sabíamos que estávamos diante de uma tarefa muito difícil”, disse o empresário.

“Apesar das divergências em termos de números, nós nunca deixamos de ter um convívio amistoso, nunca trocamos palavra mais hostil nem com executivos nem com qualquer pessoa da família Klein”, afirmou.

O acordo de fusão foi revisado em abril a pedido da família Klein, dona das Casas Bahia, que se sentiu prejudicada, e apontava o valor do seu patrimônio como um dos principais pontos a serem reformulados.

Durante a teleconferência, foi confirmado o nome de Rafael Klein, neto de Samuel Klein, será o presidente da nova companhia.

“Apesar de jovem (38 anos) ele conhece profundamente a companhia. Vai exercer muito bem o seu papel, fazer a ligação entre os grupos”, disse Diniz.

Já Michael Klein ficará com o cargo de presidente do conselho de administração. No conselho, das nove cadeiras, o Pão de Açúcar terá direito a indicar cinco integrantes e a Casas Bahia, terá quatro representantes.

‘Temos que preservar as coisas mais importantes de Bahia, os ensinamentos de Samuel, o bom atendimento ao consumidor, a proximidade com ele, detalhes de como tocar o negócio, e apurar as sinergias entre casas Bahia e grupo Pão de Açúcar”, disse Diniz.

Tristeza
Diniz abriu a conferência, que começou horas após o fim do jogo entre Brasil X Holanda, lamentando a eliminação brasileira da Copa do Mundo.

“Eu pessoalmente continuo com um peso muito grande no peito (devido à eliminação). Compartilho de toda a tristeza que aqueles que gostam e mesmo aqueles que não gostam de futebol sentem neste momento. Mas a vida é assim, a gente tem que saber lidar com ela”, afirmou.

Na terça-feira, um anúncio da rede de supermercados Extra, do Grupo Pão de Açúcar, foi publicado erroneamente na edição da Folha de S.Paulo. A peça publicitária destacava a “eliminação” da seleção brasileira da Copa do Mundo.

Na ocasião, Diniz, afirmou na sua página no Twitter que o grupo “tomará providências” e que serão responsabilizados os culpados pelo anúncio. “Estou ao lado dos que se indignaram com o anuncio publicado erroneamente pelo jornal”.

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