FHC: “Lula deve aproveitar multas para mudar comportamento”

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou nesta sexta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa refletir após levar duas multas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por propaganda eleitoral antecipada em favor da presidenciável petista e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. “Decisão de tribunal não se discute, cumpre-se. O presidente Lula precisa…

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou nesta sexta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa refletir após levar duas multas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por propaganda eleitoral antecipada em favor da presidenciável petista e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

“Decisão de tribunal não se discute, cumpre-se. O presidente Lula precisa refletir um pouco, é a segunda vez, é inédito na história republicana. Lula tem que mudar seu comportamento. Ele precisa se comportar de acordo com a lei, é o mínimo que se espera de um presidente”, disse FHC após palestra do Iasp (Instituto dos Advogados de São Paulo), no Hotel Renaissance, em São Paulo.

O TSE decidiu multar Lula em R$ 10 mil por propaganda antecipada, em janeiro deste ano, na inauguração do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados de São Paulo.

O tribunal também já havia aplicado multa de R$ 5.000 ao presidente por supostamente ter feito campanha para Dilma na inauguração de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) nas localidades de Manguinhos e Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, em maio do ano passado.

“Todo governo tem comichão para mostrar o que fez, é natural que mostre, o que não pode é misturar isso com a campanha e falar: ‘vote em fulano, não vote em beltrano’.”

Polarização

FHC ainda criticou nesta a ideia de polarização entre PT e PSDB na disputa pela sucessão presidencial e de comparação entre seu governo e a gestão do presidente Lula.

“O passado se impõe pela história, não é no cotidiano. O presidente Lula quer provocar porque somos fortes. Se não fossemos, ele nem se referiria. Temos que olhar para frente e não acho que devemos ficar preocupados com o que cada um fez, as circunstâncias são variáveis, mudam. A campanha eleitoral não pode ser isso, tem que ser a transmissão do futuro e o candidato, inspirar confiança ao público. O resto fica para os historiadores.”

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