Famílias ocupam casas populares entregues há 12 dias no Residencial Iguatemi

Chaves foram entregues aos contemplados há 12 dias pela Agehab, mas algumas casas ainda não foram habitadas

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Chaves foram entregues aos contemplados há 12 dias pela Agehab, mas algumas casas ainda não foram habitadas

Cerca de 50 famílias ocupam casas populares no Residencial Iguatemi desde a tarde de segunda-feira (20), nas proximidades do Bairro Vida Nova em Campo Grande. As chaves foram entregues aos contemplados há 12 dias pela Agência Estadual de Habitação (Agehab), mas algumas das 139 unidades ainda não foram habitadas.

De acordo com as regras para distribuição de casas populares, o contemplado tem até 30 dias para morar no imóvel. Mas isso não impediu que pessoas ocupassem as casas vazias. A dona de casa Maria Luiza Rodrigues, 30 anos, chegou ao residencial com a mãe, o marido e seis filhos. “A casa estava aberta e eu entrei”, conta.

Outra ocupante, Camila de Souza Silva, 21 anos, disse estar revoltada por não ter conseguido ainda ser contemplada com uma casa popular. “Quando terminar a política eles vão nos tirar à força daqui”, afirma. Vários outros ocupantes denunciaram que as casas populares são concedidas a pessoas em melhores condições financeiras, e que não precisariam do imóvel.

Mateus Wriel Rodrigues, 10 anos, é filho da dona de casa Maria Luiza. Ele disse estar preocupado com a situação: “como vou fazer? Vou morar na rua de novo?”.

O representante jurídico da Agehab, Marco Antônio Rodrigues, compareceu hoje ao local para dialogar com as famílias ocupantes dos imóveis. Ele explicou sobre os requisitos necessários para a entrega das casas aos beneficiados. Em relação às denúncias, Rodrigues estimulou as pessoas a denunciar irregularidades e eximiu a agência de culpa no processo. O representante afirmou que a Agehab apura e fiscaliza cada denúncia feita ao órgão sobre venda de casas.

Ao saberem que as casas tinham sido ocupadas, alguns beneficiados foram até o residencial para acompanhar a situação. César Pereira, 26 anos, disse que frequenta o local todos os dias e ficou surpreso com a ocupação. “Espero que a justiça resolva”, afirmou.

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