Falta de efetivo e escala exaustiva podem prejudicar trabalho dos bombeiros
Hoje, a escala é de 24h de trabalho por 48h de descanso; Comando afirma que escala é provisória e busca melhorias nas condições de trabalho
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Hoje, a escala é de 24h de trabalho por 48h de descanso; Comando afirma que escala é provisória e busca melhorias nas condições de trabalho
Quando os carros vermelhos com sirene disparada cruzam a cidade, a população já imagina que naquele momento uma vida pode ser salva. Esse é o trabalho do Corpo de Bombeiros.
São profissionais essenciais para a sociedade, mas que estão enfrentando situações exaustivas de trabalho, que podem atrapalhar o rendimento das ações e até mesmo causar danos aos militares.
Atualmente, são 1245 militares atuando no Estado todo, um número com defasagem de 1.064 homens, considerando que um estudo apresentado em 2000, e validado até o ano de 2010, indica que são necessários 2309 militares para um serviço de melhor qualidade.
Atualmente, segundo informações da Associação dos Subtenentes e Sargentos dos Bombeiros, 100 novos bombeiros farão o curso de formação para integrar o quadro.
O número de ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros cresceu muito nos últimos anos e com o efetivo reduzido os militares ficam sobrecarregados em suas funções, pois trabalham de 25 a 27 horas por dias e tinham apenas 48 horas ou até menos de descanso.
De acordo com um bombeiro que preferiu não se identificar, o número de militares afastados do serviço com atestados médicos acaba ficando maior com a escala “24X48”. Então, após várias reclamações, os bombeiros da Capital conseguiram uma escala de serviço mais adequada e cumprimento da carga horária.
“Somente o Corpo de Bombeiros ainda possuía essa escala apertada, quando as outras forças quando não trabalham 12 horas, se trabalham 24 acabam folgando 72 ou mais e não apenas 48 como é no Corpo de Bombeiros do MS”.
Mudanças
Em formatura geral realizada dia 26 de abril, o Comandante Metropolitano de Bombeiros, Coronel José Antonio Pereira dos Santos anunciou a nova escala de 24 h por 72 h para os bombeiros da capital. O mesmo ritmo também foi seguido em algumas unidades do interior.
Porém, na manhã de hoje, a reportagem do Midiamax foi informada que a escala voltaria a ser a anterior, que segundo os militares que fazem o trabalho operacional, é uma escala cansativa.
Segundo os bombeiros, situação havia mudado, e o Comandante Metropolitano Pereira dos Santos, recentemente havia criado um banco de horas na Corporação a fim de compensar os militares.
Além de trabalhar na escala apertada, alguns deles precisavam cumprir escalas extras, sobrecarregando ainda mais cada um dos bombeiros.
“Sempre alegavam falta de efetivo para mudanças na escala e pedimos para que fosse analisada a possibilidade de melhorar a escala, porém os comandantes sempre diziam que a falta de efetivo atrapalhava”, desabafou um socorrista.
Ações de melhorias sempre eram canceladas, devido a falta de efetivo. “Dessa vez que aconteceu e estávamos bem, a escala foi modificada?”, indagou
Promessas
Em entrevista à reportagem, o comandante do Corpo de Bombeiros, comandante Lopes, explicou que na verdade estão sendo feitas experiências de escala, para chegarem a um consenso.
“Estamos fazendo experiências para melhorar as condições de trabalho deles e também ouviremos os militares sobre o assunto, bem como a associação”, afirmou Lopes.
Ele ainda reiterou que, será feito o que for melhor para a sociedade. “Avaliamos até que nível isso é melhor para a sociedade e se é bom para os bombeiros e melhoram as condições de trabalho, isso beneficia a sociedade”, ponderou.
Lopes afirmou que a escala de trabalho “24X72” será mantida.
A Associação dos Bombeiros, explicou que a promessa é que a escala “24X48” seja mantida somente até setembro, quando termina o curso de formação de novos bombeiros, mas que depois voltará a escala solicitada por eles.
“Gostaríamos que continuasse nas 72 horas de descanso direto, até por questões de saúde e qualidade de vida dos bombeiros, e isso também melhora a qualidade de atendimento, mas por outro lado, sabemos que o efetivo é menor do que o necessário e às vezes temos que aceitar essa escala”, declarou um representante.
Temor
Os bombeiros, no entanto, temem que a escala de 24 horas de trabalho e 48 de descanso se torne permanente.
“Não queremos uma folga maior à toa, precisamos descansar para estarmos bem e atender melhor a população. Um bombeiro descansado e motivado é melhor do que um bombeiro cheio de problemas por conta de desgaste físico e emocional advindos do trabalho”, explica um deles.
Ou seja, esta ainda é uma escala provisória, mesmo assim, os bombeiros, considerados heróis por uma boa parte da população podem sofrer as consequências de uma escala de trabalho exaustiva.
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