Embaixador de Israel nos EUA diz que pressão para a paz é como “forçar alguém a se apaixonar”
O embaixador de Israel nos Estados Unidos, Michael Oren, rejeitou a forte pressão que o Quarteto para o Oriente Médio – formado pelos EUA, União Europeia (EU), ONU e Rússia – colocou sobre o país com a decisão de que os israelenses devem parar com os assentamentos em Jerusalém e que uma negociação com os […]
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O embaixador de Israel nos Estados Unidos, Michael Oren, rejeitou a forte pressão que o Quarteto para o Oriente Médio – formado pelos EUA, União Europeia (EU), ONU e Rússia – colocou sobre o país com a decisão de que os israelenses devem parar com os assentamentos em Jerusalém e que uma negociação com os palestinos deve sair em até dois anos.
Oren, em entrevista à rede americana PBS, disse que um acordo de paz “forçado” seria como obrigar alguém a se apaixonar.
Ao ser questionado se Israel tinha a intenção de propor um outro plano, Oren, de acordo com o jornal israelense Haaretz, afirmou:
– Não, eu acho que a paz tem que ocorrer entre duas pessoas sentadas de lados opostos em uma mesa. Os EUA podem ajudar a facilitar esta interação, mas, no final das contas, ninguém pode forçar duas partes em nenhum conflito a estabelecer a paz. É como forçar alguém a se apaixonar.
A imprensa israelense chegou a publicar que Oren disse em uma reunião privada que a atual tensão entre os EUA e Israel é a mais forte em 35 anos, algo que ele negou em seguida. Ainda na entrevista, o israelense disse:
– Os EUA não estão em uma posição na qual venham e impõem um plano. Eu não acho que isso é do interesse de ninguém. E estou certo de que as diferentes partes deste conflito vão entender isso.
Neste sábado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, visita a faixa de Gaza.
Enviado dos EUA vai se reunir com Netanyahu e com Abbas
As declarações ocorrem na véspera da visita do enviado especial americano para o Oriente Médio, George Mitchell, a Israel. Hoje, Mitchell anunciou neste sábado (20), em Paris, que vai se reunir com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, domingo, e com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, no dia seguinte.
O início das negociações foi adiado devido à grave crise por que passam há duas semanas as relações entre os Estados Unidos e Israel, após a decisão do governo israelense de lançar novas construções em Jerusalém Oriental.
Netanyahu chegou a ligar para a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, para dizer que poderia desacelerar a implantação de novas colônias, mas ele não se mostrou disposto a congelar o processo.
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