Em SE, Serra testa nova bandeira: salário mínimo a R$ 600
Num comício em Itabaiana (SE), a 54 km da capital Aracaju, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, voltou a defender sua proposta de elevar o salário mínimo para R$ 600 e garantiu que isso também aumentaria os valores estabelecidos para o Bolsa Família. O tucano tem enfatizado esta proposta em todas as suas […]
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Num comício em Itabaiana (SE), a 54 km da capital Aracaju, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, voltou a defender sua proposta de elevar o salário mínimo para R$ 600 e garantiu que isso também aumentaria os valores estabelecidos para o Bolsa Família.
O tucano tem enfatizado esta proposta em todas as suas viagens e teme que o governo federal adote medidas para esvaziá-la. Para testar a proposta, o presidenciável perguntou se os participantes do evento chegaram a vê-la na TV: “Vocês já viram isso na televisão? Quem já viu levanta o braço”, disse.
A plateia respondeu positivamente ao questionamento do candidato e quase em sua totalidade ergueram os braços.
Serra foi muito aplaudido pelas cerca de cinco mil pessoas que participaram do comício ao reforçar sua recém apresentada bandeira de campanha: aumentar o salário mínimo. “Eles propõem um aumento para R$ 538, que não da para nada, nós elevaremos para R$ 600”, disse. E completou: “não sou de vender ilusão. Tenho uma só cara”. Serra garantiu que esse ajuste aumentaria, por consequência, o programa Bolsa Família.
Nesta quinta-feira, em romaria em Juazeiro do Norte, o tucano detalhou, pela primeira vez, como faria para aumentar o mínimo: cortando gorduras, diminuindo gastos e melhorando o critério de empréstimos do BNDES.
As propagandas do presidenciável na TV seguem a estratégia traçada pela equipe de comunicação. A coordenação da campanha acredita que isto atrairá o eleitorado que ganha um salário mínimo.
O candidato do PSDB investe nessa nova proposta num momento em que sua adversária governista, Dilma Rousseff (PT), se ocupa em dar explicações a uma agenda negativa, imposta pelos recentes escândalos envolvendo sua ex-assessora e ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra.
Tanto na TV quanto no rádio, a nova proposta tem sido explorada.
Depoimento de populares, seis notas de cem reais e jingle sobre o tema ilustram o investimento da campanha em atrair o eleitorado sensível ao aumento do mínimo. “Dá para fazer perfeitamente.
O problema não é dinheiro. Mas vontade política, competência”, defendeu o tucano na televisão.
Escândalos e promessas
Embora o núcleo político do partido defenda que Serra seja mais contundente em suas críticas à adversária petista, o de comunicação defende que ele mantenha o tom, sem agressividade, e deixe os ataques para serem feitos por seus correligionários e aliados da coligação.
Tucanos acreditam que as quebras de sigilo e a queda de Erenice não atingem tanto a população quanto o salário mínimo.
No entanto, apostam que as denúncias ainda servem para estimular um potencial “antipetismo” nas regiões Sul e Sudeste do País. “Quem soube desse novo escândalo na Casa Civil?… Quem soube desse novo escândalo na Casa Civil? Um escândalo grave”, Serra perguntou novamente aos presentes, que, desta vez, não responderam a contento.
Para uma plateia nordestina, onde os petistas esperam ganhar com folga, Serra se apresentou como um homem preparado, profundo entendedor de economia e que pode, sem causar danos econômicos, elevar o mínimo.
A proposta foi apresentada pela primeira vez no Rio de Janeiro na semana passada em uma caminhada em São Gonçalo. Foi bem recebida nas pesquisas internas do partido e candidatos tucanos de outros estados já passaram a explorá-la em suas propagandas. Desde então, o presidenciável tem reforçado sua ideia, tanto na TV, quanto em entrevistas e eventos públicos.
Num discurso inflamado, o tucano adiantou que usaria aquele comício em sua campanha na televisão prevista para ir ao ar na próxima terça-feira. “Acho que não vai dar tempo de deixar pronto para amanhã”, acrescentou. O candidato também disse que apresentaria em Recife, na segunda-feira, sua promessa de levar água para todas as pessoas que vivem no semi-árido brasileiro.
Serra reivindicou a paternidade do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do Bolsa Família e da implementação dos genéricos no Brasil. Prometeu moradias descentes e abastecimento de água para a população.
Ao falar do processo eleitoral, Serra comparou o pleito de outubro à eleição para a prefeitura de São Paulo que disputou com Marta Suplicy (PT). “Quando me candidatei à prefeitura, a prefeita de São Paulo tinha muita aprovação. As pesquisas mostravam que ela ganharia no primeiro turno, e eu ganhei. Depois, as pesquisas mostravam empate técnico no segundo, e eu ganhei novamente”.
Sem nenhum correligionário em seu palanque, o tucano amenizou as ausências que foram veementemente atacadas por seus aliados. Candidato ao Senado pelo PPS, Emanuel Cacho disse: “Albano Franco (que disputa uma vaga na Casa pelo PSDB) vota em Dilma Rousseff”.
O tucano de Sergipe não participou em nenhum momento da visita de Serra ao Estado. Albano está com Marcelo Déda (PT) e já tinha avisado Serra sobre isto.
O presidenciável deixou o comício com uma camisa do Palmeiras e outra do Itabaiana. E, como de costume, perguntou: “tem algum palmeirense aqui?”.
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