Em pronunciamento na TV, Lula pede que oposição e governo se respeitem

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo nesta sexta-feira (5), em pronunciamento na TV, para que oposição e governo se comportem de forma “madura” durante o mandato da presidente eleita Dilma Rousseff. Lula reconheceu que os políticos de oposição têm o papel de apontar os erros dos governantes, mas disse que é preciso “respeito” para garantir um debate qualificado.

“Os escolhidos para governar devem ter a liberdade para organizar suas equipes e colocar em prática suas propostas, de modo a honrar os compromissos assumidos com a sociedade”, disse. O presidente chamou Dilma de companheira e disse que a eleição da sucessora escolhida por ele prova que todos os preconceitos podem ser superados.

“Ele proclamará ao mundo inteiro, e a nós mesmo, que somos um país com instituições consolidadas, capazes de absorver mudanças e progressos. E que somos também um país que aprendeu a duras penas que não há preconceito, por mais forte que seja, que não possa ser vencido e superado pela tenacidade do povo”, disse.

Segundo o presidente, a escolha dos eleitores por Dilma demonstra ainda que “ninguém é melhor do que ninguém”. “Não importam as diferenças de origem social, de sexo, de sotaque ou de fortuna. Somos todos brasileiros. E todos devem ter oportunidades iguais, o direito a sonhar com dias melhores e o apoio para melhorar sua vida e a de sua família”, disse.

Lula também parabenizou a Justiça Eleitoral pelo fato de as eleições terem ocorrido de forma tranquila e com uma rápida apuração do resultado. “Quero dar também os parabéns também à Justiça Eleitoral, que dirigiu com equilíbrio e competência a disputa. Horas depois de encerrado o pleito, graças ao sistema eletrônico de votação e apuração, já conhecíamos os resultados.”

O presidente voltou dizer ainda que o Brasil vive um “momento mágico”, com crescimento econômico, inclusão social e geração de emprego. “Estou convencido de que, nos próximos anos, o Brasil poderá consolidar-se como uma terra de oportunidades e de prosperidade, transformando-se numa nação desenvolvida. Avançaremos mais rapidamente nessa direção, se soubermos qualificar o debate político”, disse.