Em meio a tensões, APEC prega livre-comércio
Líderes das economias mais poderosas do mundo voltaram para casa no domingo depois de quatro dias de encontros em que não conseguiram chegar a um acordo sobre a melhor forma de recuperar o equilíbrio da economia global e evitar novas crises. Duas cúpulas sucessivas, primeiro da do G20 em Seul, seguida da dos líderes da […]
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Líderes das economias mais poderosas do mundo voltaram para casa no domingo depois de quatro dias de encontros em que não conseguiram chegar a um acordo sobre a melhor forma de recuperar o equilíbrio da economia global e evitar novas crises.
Duas cúpulas sucessivas, primeiro da do G20 em Seul, seguida da dos líderes da região Ásia-Pacífico na cidade japonesa de Yokohama, foram marcadas por divisões sobre as políticas econômicas entre o Estados Unidos e a economia número dois do mundo, a China.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não conseguiu obter grandes avanços em sua cruzada para convencer seu par chinês, Hu Jintao, a fazer mais para mudar a estrutura da economia de seu país de modo a que Washington possa aumentar suas exportações para a potência asiática.
Pequim, por seu lado, se preocupa que muitos ajustes radicais acabem por debilitar seu crescimento econômico.
“As economias avançadas devem lidar com sérios problemas de desemprego, enquanto as economias emergentes enfrentam uma bolha de ativos e pressões inflacionárias”, disse Hu a outros líderes do Fórum de Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC), formado por 21 membros.
A reunião de dois dias da APEC fixou planos sobre uma área de livre comércio que vincule a região de crescimento mais rápido do mundo e para continuar um acordo que possa barrar o estabelecimento de novas barreiras comerciais.
Os líderes também concordaram, como fizeram na cúpula do G20, a dar impulso à combalida rodada de Doha e evitar o uso de desvalorizações de moeda para aumentar a competitividade e buscar uma recuperação econômica apoiada nas exportações.
Mas Hu ofereceu um contraste pessimista às demonstrações de união dos líderes, dizendo que tem ocorrido um aumento perceptível no protecionismo, o que representa uma ameaça ao elemento vital de uma região que depende da força do comércio.
ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO
Uma das peças centrais da cúpula da APEC foi adotar medidas concretas em direção à formação de uma Área de Livre Comércio da Ásia-Pacífico que vincule as três maiores economias do mundo — Estados Unidos, China e Japão — com algumas das economias de mais rápido crescimento em outras partes da Ásia e América Latina.
A reunião foi levada a cabo imediatamente depois da cúpula do G20, na qual um vago acordo mostrou a frágil união sobre como lidar com os atuais desequilíbrios, em particular no que existe entre China e Estados unidos, que arrisca desestabilizar a economia global.
O risco apresentado pela fragilidade econômica, e o preço que os mercados financeiros pagarão se o tema não for enfrentado, ganhou relevância quando se tornou público que uma fortemente endividada Irlanda está em discussões sobre um plano de resgate.
O objetivo do crescimento equilibrado mostrou-se esquivo devido às profundas divisões entre as economias avançadas e emergentes que ficaram expressas no manifesto da cúpula do G20 em Seul.
Para Obama, que começou um tour de 10 dias pela Ásia buscando deixar para trás as derrotas de seu partido nas últimas eleições legislativas, frustraram-se os planos na área de assuntos econômicos, que eram o objetivo principal de sua viagem.
Os Estados Unidos defendem que a economia global só poderá se recuperar se sua própria situação interna melhorar, o que requer um aumento de exportações. Washington tem culpado Pequim e sua política de apreciação do iuan como uma importante barreira para esse objetivo.
Washington sustenta que a China mantém subavaliada sua moeda para beneficiar seus exportadores, enquanto Pequim responde que a política de dinheiro fácil do Federal Reserve está debilitando o dólar para impulsionar suas exportações e desestabilizar outras economias.
Hu disse que Pequim está comprometido com uma reforma na sua taxa de câmbio, mas que isso seria algo gradual.
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