Douradenses protestam abandono da “Usina Velha”

No último fim de semana alguns moradores de Dourados, que desejam a preservação da historia do município, reuniram-se para manifestar sua indignação quanto ao abandono da então ‘Usina Velha’, que foi tombada como Patrimônio Histórico da cidade

No último fim de semana alguns moradores de Dourados que desejam a preservação da historia do município, reuniram-se para manifestar sua indignação quanto ao abandono da então ‘Usina Velha’, essa que foi tombada como Patrimônio Histórico da cidade, possui falta de manutenção, de limpeza e de policiamento.

Atualmente o calçamento da usina foi reformado, depois que uma construtora, que investiu em imóveis na região, buscou melhorar o aspecto, e assim retirou a calçada velha e quebrada que existia, e plantou grama no local. A segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul nas últimas três décadas, Dourados triplicou a sua população, avançou economicamente e consolidou a sua posição como uma metrópole regional que agrega em torno da cidade cerca de 800 mil habitantes de mais de 35 municípios da região sul do Estado.

Neste contexto, alguns pontos históricos têm sido deixados de lado, como é o caso, do ervateiro, que depois de um ano é que foi instalado novamente, mas existe também a Usina Velha, esta, que há muito tempo não possui nenhum tipo de reforma, ou manutenção, tão pouco uma conservação ou respeito, por parte da grande maioria da população e até mesmo do poder público.

Segundo a poetisa Heleninha de Oliveira, a usina termoelétrica “Senador Filinto Muller” foi construída em 1943 e veio a funcionar, de fato, em 1949, depois do extinto território de Ponta Porã. Último marco histórico de Dourados foi construído para gerar energia elétrica, sendo desativada em 1951, a usina velha está situada próximo do córrego Laranja Doce.

Sua construção é de concreto e paredes de tijolos comuns. Intacta, do lado de fora, mantém-se a chaminé com mais de 26 metros de altura e sua área total é 12.222 metros quadrados. Em um relato expressivo o garoto Nicolas de 9 anos, escreveu em um pedaço de papelão a sua revolta e seu desejo. “Não é assim que queremos essa usina, com lixo jogado no chão, caixa de papelão, caixa de suco, lata e etc… árvores caídas, os galhos quebrados, enfim vamos ajudar a cuidar da nossa Usina Velha” afirmou o garoto.