Dólar fecha quase estável em dia de poucos negócios

O dólar terminou praticamente estável ante o real nesta quinta-feira, numa sessão de fraca liquidez em meio a um feriado nos Estados Unidos. No final, a divisa teve oscilação negativa de 0,06%, a R$ 1,722 na venda. A moeda operou com queda maior durante boa parte do dia, captando um modesto apetite por risco no […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O dólar terminou praticamente estável ante o real nesta quinta-feira, numa sessão de fraca liquidez em meio a um feriado nos Estados Unidos. No final, a divisa teve oscilação negativa de 0,06%, a R$ 1,722 na venda.

A moeda operou com queda maior durante boa parte do dia, captando um modesto apetite por risco no exterior. Mas próximo ao fechamento o ímpeto de baixa arrefeceu após o Banco Central comprar dólares no mercado à vista, definindo como taxa de corte R$ 1,7203.

“O euro está recuperando algum terreno hoje e de certa forma isso está ajudando aqui também. De qualquer maneira, ficar vendido em dólar hoje é rentável no Brasil, e o mercado está operando em cima disso”, disse Alfredo Barbuti, economista da BGC Liquidez.

A moeda única europeia se afastava da mínima em dois meses ante o dólar, amparada pela demanda de exportadores, após na véspera não conseguir acompanhar o otimismo global desencadeado por dados positivos nos Estados Unidos.

A ausência das operações nos mercados americanos, fechados devido ao feriado do Dia de Ação de Graças, tirava boa parte da liquidez das demais praças.

Por aqui, de acordo com dados da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, pouco mais de US$ 648 milhões haviam sido registrados nesta sessão.

Na visão de Barbuti, os investidores de certa forma estão menos apreensivos com eventuais medidas do governo no mercado de câmbio, o que favorece um ambiente mais vendido em dólar.

“Acredito que apenas quando as discussões se voltarem para a influência da taxa de câmbio barata no saldo comercial e na atividade como um todo é que o governo poderá trazer esse debate à tona novamente”, avaliou.

Com o atual contexto apontando poucas mudanças no mercado, ao menos no curto prazo, os investidores estrangeiros mantinham elevadas apostas contra o dólar. Na véspera, de acordo com dados da BM&FBovespa, os não residentes sustentavam mais de US$ 12 bilhões em exposição vendida em moeda estrangeira nos mercados de dólar futuro e cupom cambial (DDI).

Para o operador de uma corretora paulista, que pediu anonimato, os agentes reagiram com tranquilidade à definição da nova equipe econômica pela presidente Dilma Rousseff, dizendo que “o novo grupo não muda muito as perspectivas para o (mercado de) câmbio”.

Na tarde de quarta-feira, Dilma confirmou Guido Mantega no Ministério da Fazenda, Miriam Belchior para o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, e Alexandre Tombini para presidir o Banco Central.

Conteúdos relacionados