Dinheiro falso é ‘derramado’ no comércio de MS

Cédulas de R$ 50,00 são as mais comuns nas falsificações (foto); em uma semana, a PM fez três apreensões e apreendeu quase R$ 30 mil; Banco Central esclarece como identificar cédulas falsas

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Cédulas de R$ 50,00 são as mais comuns nas falsificações (foto); em uma semana, a PM fez três apreensões e apreendeu quase R$ 30 mil; Banco Central esclarece como identificar cédulas falsas

Em uma semana, a PM (Polícia Militar) do Mato Grosso do Sul fez três apreensões de notas falsas e apreendeu quase R$ 30 mil. Dois flagrantes aconteceram em um único dia (17) e o outro na última quarta-feira (23).

Na cidade de Selviria foram apreendidos R$ 8,5 mil. O dinheiro era transportado por um representante comercial, morador do Estado de Minas Gerais.

Já o outro caso, aconteceu no terminal rodoviário de Nova Alvorada do Sul, onde um rapaz de 18 anos foi preso com R$ 9,9 mil em um ônibus que seguia destino à Brasília (DF).

Nos dois casos, os suspeitos foram presos depois de terem sidos denunciados por atendentes de estabelecimentos que perceberam as notas falsas.

A outra apreensão aconteceu nesta semana, dia 23, por polícias do DOF (Departamento de Operações da Fronteira) que flagraram em Ponta Porã um rapaz de 28 anos, mecânico, com R$ 9,8 mil, em um ônibus com linha internacional de Assuncion (Paraguai) a Brasília (DF).

Segundo informações da polícia, o homem teria adquirido as notas falsas no Paraguai e levaria para o estado de Goiás.

Embora as apreensões de notas falsas sejam recorrentes na região de fronteira, a Polícia Federal não tem como afirmar que a maioria das emissões do dinheiro falso são feitas naquele País. Este ano, uma fábrica que produzia cédulas falsas foi fechada em Minas Gerais, mesmo estado de onde saíram as notas encontradas em Selvíria.

Crime

A falsificação de dinheiro é crime previsto pelo artigo 289 do Código Penal, com pena prevista de 3 a 12 anos de prisão. Quem tentar colocar uma cédula falsa em circulação depois de tomar conhecimento de sua falsidade, mesmo que a tenha recebido de boa fé, pode ser condenado a uma pena de 6 meses a 2 anos de detenção.

O Banco Central orienta os brasileiros sobre como identificar uma cédula falsa.

Confira abaixo alguns cuidados que devem ser tomados para identificar uma cédula falsa.

1. Observe a marca d’água.

Cerca de 60% das cédulas falsas retidas pelo Banco Central não apresentam marca d’água;

Segure a cédula contra a luz, olhando para o lado que contém a numeração. Observe na área clara à esquerda, as figuras que representam a República ou a Bandeira Nacional, em tons que variam do claro ao escuro;

As cédulas de R$50,00 e R$100,00 apresentam como marca d’água apenas a figura da República;

As cédulas de R$1,00, R$5,00 e R$10,00 podem apresentar como marca d’água a figura da República ou a Bandeira Nacional;

A cédula de R$2,00 apresenta como marca d’água apenas a figura da tartaruga marinha com o número;

A cédula de R$20,00 apresenta como marca d’água apenas a figura do mico-leão-dourado com o número 20.

2. Observe a imagem latente.

Observando o lado da cédula que contém a numeração, olhe a partir do canto inferior esquerdo, colocando-a na altura dos olhos, sob luz natural abundante: ficarão visíveis as letras “B” e “C”.

3. Observe a estrela do símbolo das Armas Nacionais nos dois lados da cédula.

Olhando a nota contra a luz, o desenho das Armas Nacionais impresso em um lado deve se ajustar exatamente ao mesmo desenho do outro lado.

4. Sinta com os dedos o papel e a impressão.

O papel legítimo é menos liso que o papel comum. A impressão apresenta relevo na figura da República (efígie), onde está escrito “BANCO CENTRAL DO BRASIL” e nos números do valor da cédula.

5. Sempre que possível, compare a cédula suspeita com outra que se tenha certeza ser verdadeira.

Como proceder no caso de receber uma cédula suspeita:

 a) de um terminal de auto-atendimento ou caixa eletrônico:

Dentro de uma agência bancária e durante o expediente – neste caso é indispensável retirar um extrato que comprove o saque, preferencialmente no mesmo terminal, e encaminhar-se ao gerente da agência para pedir providências. Se não obtiver solução satisfatória com o gerente do banco o cidadão deve procurar uma delegacia policial mais próxima (Civil ou Federal) para registrar uma possível ocorrência. 

Fora de uma agência ou do horário do expediente bancário – o cidadão deve retirar um extrato que comprove o saque, preferencialmente no mesmo terminal, e procurar em seguida uma delegacia policial mais próxima (Civil ou Federal) para registrar uma possível ocorrência. Na primeira oportunidade, dirigir-se ao gerente de sua agência bancária para pedir providências.

b) numa transação do dia-a-dia:

Caso tentem lhe passar uma cédula ou moeda que, após observação dos elementos de segurança e/ou comparação com uma cédula legítima apresente sinais evidentes de que pode se tratar de uma falsificação é um direito do cidadão recusar o recebimento da mesma.

É fundamental sempre recomendar ao dono do exemplar suspeito que procure uma agência bancária ou uma representação do Banco Central do Brasil para solicitar o exame do referido exemplar.

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