‘Dinheiro do pré-sal não pode cair no ralo da economia’, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (19), através de seu programa de rádio “Café com o presidente”, que o dinheiro que o petróleo do pré-sal produzirá para o país não poderá cair no ralo da economia, e sim revertido para setores como saúde e educação, entre outros. Durante a semana, Lula […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (19), através de seu programa de rádio “Café com o presidente”, que o dinheiro que o petróleo do pré-sal produzirá para o país não poderá cair no ralo da economia, e sim revertido para setores como saúde e educação, entre outros.

Durante a semana, Lula foi conferir de perto as instalações da plataforma onde foi feita a extração do primeiro óleo do pré-sal, no campo Baleia Franca, no Espírito Santo. Ele disse que o país alcançará sua independência econômica. “Significa o aumento do orgulho, da autoestima do povo brasileiro. Significa a consolidação da independência do Brasil, do crescimento econômico, do Brasil se transformar num grande país produtor de petróleo, e exportador não apenas de óleo, mas de derivados de petróleo”.

Na visão de Lula, o país agora vai poder crescer em vários setores, especialmente nos próximos dez anos. “É por isso que estamos construindo uma grande indústria naval forte, uma grande indústria petroquímica forte, uma grande indústria petroleira forte. Tudo isso por conta das descobertas do pré-sal, que vai significar, ao longo dos próximos 10 anos, uma coisa excepcional para o Brasil. Não é apenas tirar e vender petróleo. Queremos tirar petróleo, refinar petróleo aqui, e vender os subprodutos do petróleo, com alto valor agregado: gasolina de qualidade, óleo diesel de qualidade. Ter uma grande indústria petroquímica no Brasil para que a gente possa ganhar muito dinheiro”.

O presidente, porém, fez um alerta sobre o lucro que o petróleo do pré-sal vai dar ao Brasil. Segundo Lula, o dinheiro terá de ser reinvestido em outra áreas para garantir o futuro do país . “Queremos que o dinheiro do petróleo novo, encontrado pela Petrobras, não seja jogado no ralo da economia normal, para pagar salário, custeio dos governantes. Queremos é fazer investimento no futuro, investir em educação, em ciência e tecnologia, na saúde, na questão cultural, na questão ambiental. Precisamos preparar o Brasil para que os nossos netos, bisnetos, vivam uma vida muito mais digna do que aquela que estamos vivendo”.

Cheiro de petróleo
Lula gostou da experiência de ver a primeira extração de óleo do pré-sal. “A hora que eu coloquei a mão no petróleo, que eu senti o cheiro e saber que eu estava mexendo numa coisa que foi criada a 160 milhões de anos atrás, e que estava na minha mão, que eu pude trazer um barrilzinho … isso faz parte da história do país. Eu me senti o mais orgulhoso dos brasileiros. O povo tem que compreender que esse é um patrimônio dele, não do governo, não da Petrobras”.

Caged
Ao longo do programa, Lula também falou sobre o balanço de junho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Para ele, os números são animadores e colocam o país na trilha do desenvolvimento. “Os números mostram que a economia brasileira está vivendo um momento excepcional. Mostra geração de empregos. Enquanto o mundo vive uma situação de desemprego, conseguimos, nos primeiros seis meses do ano, criar mais de 1,4 milhão novos empregos com carteira assinada. Se continuar no ritmo poderemos chegar, no final do ano, criando 2,5 milhões de empregos, o que é um fato inusitado, extraordinário para a economia brasileira, para o trabalhador, para a indústria”.

Lula disse que dois setores estão crescendo. “De um lado, a construção civil, e, de outro lado, o setor de serviços. Estão crescendo acima da média nacional. Esses números também demonstram o acerto das medidas tomadas para enfrentar a crise mundial: de desoneração de impostos, incentivo à produção de determinados setores, a criação do programa Minha Casa Minha Vida. Tudo isso fez com que a gente tivesse uma fermentação positiva na economia brasileira, e a gente pudesse gerar essa quantidade de empregos”.

Conteúdos relacionados