Difícil no Brasil, guavira volta às ruas de Dourados ”importada” do Paraguai por vendedores

Há muitos anos desaparecida a Guavira, uma frutinha típica de Mato Grosso do Sul e da região do cerrado brasileiro voltou a voltou à mesa do douradense importada do Paraguai.

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Há muitos anos desaparecida a Guavira, uma frutinha típica de Mato Grosso do Sul e da região do cerrado brasileiro voltou a voltou à mesa do douradense importada do Paraguai.

Há muitos anos desaparecida a Guavira, uma frutinha típica de Mato Grosso do Sul e da região do cerrado brasileiro voltou a voltou à mesa do douradense.

A fruta pode ser encontrada facilmente na Feira da Rua Cuiabá e em várias esquinas onde os vendedores oferecem o produto ao preço que varia de R$ 2,00 a R$ 4,50 o livro.

Um desses vendedores é o paranaense Alexandre Batista de 27 anos de idade. Ele deixou a cidade de Japurá onde mora com a família para vender a fruta em Dourados já que considera a “praça” muito boa.

Alexandre que comercializa frutas há vários anos, deixou a goiaba de lado, a sua especialidade, para se aventurar na venda da Guavira. Ele disse que compra a fruta na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, onde há abundância da fruta.

Na última viagem a Pedro Juan que fica ao lado de Ponta Porá, Alexandre comprou 1500 livros da fruta para vender em Dourados. Mesmo sendo um produto altamente perecível, o vendedor apostou no negócio e conta que tem apenas três dias para vender toda a carga caso contrário será prejuízo na certa.

A caminhonete de Alexandre fica parada numa frondosa árvore na esquina da Avenida Weimar Torres com a Rua Coronel Ponciano onde diz ter encontrado o lugar ideal para vender todas as suas frutas.

Alexandre pretendia ir para Campo Grande mas por causa da forte fiscalização dos fiscais sanitário preferiu Dourados onde não é importunado. Enquanto na feira da Cuiabá o litro custa R$ 2,00 Alexandre está cobrando R$ 4,00 pelo litro ou três litros por R$ 10,00. 

“O meu produto é de melhor qualidade e sempre está fresquinho”, justificou o vendedor ao explicar que só consegue comprar Guavira em grande quantidade dos paraguaios que já se especializaram em andar pelos campos colhendo a fruta.

A Guavira

A Guavira também chamada e gabiroba ou guaviroba é um arbusto comum nos campos do Cerrado do Brasil mas pode ser encontrada na Argentina e Paraguai.

A fruta além de ser muito apreciada faz parte da cultura de Mato Grosso do Sul. Foi cantada em versos por Tetê Espíndola que compôs em parceria com Carlos Rennó a canção “Amor e Guavira” onde afirma que “no cerrado onde o mato é grosso e a coisa é fina, entre um cacho e um trago, um moço abraça uma menina, o namoro é debaixo de uma árvore da flora, onde ambos lambuzamos nossa cara de amora, nesse fruto do amor a guavira água vira”.

A violeira Helena Meirelles também homenageou a fruta batizando uma de suas composições de “Flor da Guavira”. O escritor campo-grandense Ulisses Serra, publicou em 1971 o livro “Camalotes e Guavirais” que abriu o caminho para a criação da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras e tornou-se um clássico da literatura estadual.

Festival da Guavira

A Guavira também inspirou a criação do Festival da Guavira que acontece anualmente na cidade de Bonito. A fruta foi escolhida como nome da festa a partir da necessidade que a população e ambientalistas em defesa da preservação dos recursos naturais de Mato Grosso do Sul.

O Festival da Guavira de Bonito começa nesta sexta-feira e pelo novo ano consecutivo o evento que termina no sábado à noite a Praça da Liberdade no centro da cidade terá espetáculos musicais, apresentações de dança, teatro, artes plásticas, artesanato e comidas à base de Guavira além da fruta in natura que será comercializada em barracas.

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