CPI das ONGs deve ouvir amanhã tesoureiro do PT

A CPI das ONGs deve ouvir nesta terça-feira o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, sobre o suposto esquema de desvio de recursos na Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo). Além de Vaccari, a comissão deve ouvir também o promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, e o corretor Lúcio […]

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A CPI das ONGs deve ouvir nesta terça-feira o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, sobre o suposto esquema de desvio de recursos na Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo).

Além de Vaccari, a comissão deve ouvir também o promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, e o corretor Lúcio Funaro.

Na semana passada, a oposição aproveitou um cochilo dos governistas para aprovar na CPI o requerimento de convocação do tesoureiro do PT. Na mesma sessão, o promotor e o corretor foram convidados para depor na comissão.

Dois senadores da base, Patrícia Saboya (PDT-CE) e Neuto de Conto (PMDB-SC), assinaram a convocação. Blat e Funaro não são obrigados a depor.

Reportagem da revista “Veja” mostra que em 2003, na época em que Vaccari era responsável pelas finanças da Bancoop, o petista administrava informalmente a cobrança de propina para fundos de pensão de empresas estatais, bancos e corretoras.

De acordo com depoimento de Funaro, presente em inquérito na PGR (Procuradoria Geral da República), os recursos seriam utilizados para abastecer o esquema do mensalão. Já Blat investiga o suposto esquema de desvio de verba da Bancoop que teria a participação do tesoureiro do PT.

De acordo com reportagem da revista, o promotor analisou mais de 8.000 páginas de documentos do processo que envolve o desvio de recursos e concluiu que a direção da Bancoop movimentou R$ 31 milhões em cheques para a própria cooperativa. Esse tipo de movimentação é uma forma de não revelar o destino do dinheiro.

Segundo a denúncia, dirigentes da cooperativa teriam criado empresas fantasmas que prestavam serviços superfaturados e faziam doações não contabilizadas ao PT. Para Blat, há indícios de caixa dois, uma vez que os recursos repassados ao partido não constam dos registrados da Justiça Eleitoral.

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