Coxim tem oito casos confirmados de leishmaniose humana

Sobe para oito o número de casos confirmados de leishmaniose humana em Coxim

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Sobe para oito o número de casos confirmados de leishmaniose humana em Coxim

Em menos de 30 dias, o número de casos de leishmaniose humana dobrou em Coxim, saltando de quatro para oito, segundo dados oficiais da prefeitura. Por conta disso, a prefeita Dinalva Mourão (PMDB) decretou estado de emergência.

No último dia 08, o funcionário público municipal, João Gonçalves da Silva, de 55 anos, morreu por conta de leishmaniose visceral. A vítima morava no bairro Flávio Garcia.

Dos cães examinados, foi constatada a doença em cerca de 50%, de acordo com a gerente de Vigilância Sanitária, Adriana Haidar. Os bairros com maior incidência da doença são Flávio Garcia, Senhor Divino e Vila Bela III.

No entanto, em todos os bairros, com exceção do assentamento Vale do Taquari, foram encontrados cães doentes.

No final de agosto, o gerente de Zoonozes da secretaria de Estado de Saúde, Paulo Mira, anunciou que no início de setembro o município iria intensificar o controle químico, através de borrifações em toda a cidade.

Mira também afirmou que seria realizado um mutirão de limpeza nos quintais e nos terrenos baldios. Porém, a prefeitura não colocou em prática nenhuma das ações.

As autoridades sanitárias fazem um apelo para que os proprietários providenciem exames para saber se seus cães estão com leishmaniose. Caso o resultado seja negativo, o ideal é investir numa coleira de deltametrina, única forma de prevenção reconhecida pelo Ministério da Saúde.

 Se o resultado for positivo, as autoridades sanitárias sugerem a eutanásia do cão, que pode ser feita gratuitamente, dentro dos padrões, por uma clínica que presta serviço para a prefeitura de Coxim.

A eutanásia dos cães infectados é repudiada por associações de defesa dos animais. Para o Abrigo dos Bichos, de Campo Grande, matar o cão não é a solução. “Não existe lei que manda matar o cão, apenas recomenda. Sempre seremos contra a matança indiscriminada de animais”, frisa Ângelo Dal Vesco, do Abrigo dos Bichos.

 O médico veterinário André Luis Soares da Fonseca, professor de imunologia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), afirma que leishmaniose canina tem tratamento. “O tratamento pode ser feito utilizando diferentes drogas, que são baratas e podem ser, inclusive, manipuladas em farmácias”, explica Fonseca.

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