Corumbá: Com o frio, assistência aos moradores de rua é reforçada

Desde setembro de 2009, os assistentes sociais e educadores do Centro de Referência Especializada em Assistência Social (CREAS), de Corumbá, realizam um trabalho de campo com os moradores de rua da cidade. “ Às terças, quartas e sextas-feiras, uma equipe de assistentes sociais e de educadores do CREAS sai às ruas para oferecer ajuda às pessoas […]

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Desde setembro de 2009, os assistentes sociais e educadores do Centro de Referência Especializada em Assistência Social (CREAS), de Corumbá, realizam um trabalho de campo com os moradores de rua da cidade. “ Às terças, quartas e sextas-feiras, uma equipe de assistentes sociais e de educadores do CREAS sai às ruas para oferecer ajuda às pessoas que moram nas ruas. Os que aceitam a ajuda, são encaminhados para o Albergue, recebem comida e cobertores. É um trabalho que exige dedicação e muita paciência”, apontou a assistente social do CREAS, Kelma Delgado.

Nesta semana, com a queda das temperaturas na cidade, a busca nas ruas foi intensificada e realizada todos os dias. O secretário executivo de Assistência Social, Haroldo Cavassa, afirma que a parceria entre a secretaria e o CREAS, visa estabelecer um atendimento às pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade. “A parceria visa retirar essas pessoas das ruas principalmente nesta época de frio, oferecendo condições dignas de dormir e de se alimentar, mas é claro, que tudo depende delas, nada é forçado. Se elas não quiserem ir para o albergue, infelizmente nada pode ser feito”, destacou Haroldo.

Kelma Delgado ressaltou que o CREAS ampliou sua rede de atendimento aos moradores de rua e que o Centro oferece assistência jurídica, médica e social. “Na abordagem dos moradores de rua, alguns nos solicitam ajuda. Já tivemos casos em que os moradores são ex- detentos e estão em regime de semi-aberto. Nestes casos, temos a assistência jurídica, entramos em contato com a cidade natal, pois nem todos são de Corumbá. Se eles não possuem documentação, auxiliamos nesse âmbito também. Os que estão doentes, recebem auxílio médico e se acontecer algo de maior gravidade, o Hospital de Caridade nos aciona para podermos dar um maior suporte. Alguns deles estão inclusos em programas sociais durante o dia e à noite retornam ao abrigo. Nosso trabalho é bem mais amplo do que o pernoite e a alimentação que oferecemos”, exlicou.

Relato

“Há uns três anos estou vivendo na rua. Decidi vir para cá porque minha família quer que eu fique trancado em casa, eles brigam comigo. Na rua eu vou para onde eu quero. O problema é que nesse frio, ficar na rua dói muito, então é melhor ir para o abrigo. Lá vou ter uma noite quente e uma comida muito boa. Tenho família sim, mas não quero voltar pra casa”, contou o morador de rua, Sidnei, de 59 anos.

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