Coordenadores de campanha debatem propostas

Os responsáveis pelas campanhas dos candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB), respectivamente José Eduardo Cardozo, João Paulo Capobianco e Xico Graziano, não conseguiram chegar a um consenso sobre como resolver o problema do saneamento básico no Brasil, durante debate sobre o tema nesta segunda-feira (26). As críticas ao […]

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Os responsáveis pelas campanhas dos candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB), respectivamente José Eduardo Cardozo, João Paulo Capobianco e Xico Graziano, não conseguiram chegar a um consenso sobre como resolver o problema do saneamento básico no Brasil, durante debate sobre o tema nesta segunda-feira (26). As críticas ao programa Minha Casa, Minha Vida dominaram o encontro, promovido pelo Instituto Trata Brasil, e realizado em São Paulo.

Enquanto a campanha verde defende que o problema seja encarado como uma questão de saúde pública, a coordenação petista atribui a solução às políticas de infraestrutura, e a campanha tucana diz que o tema deve ser pensado dentro de um programa de política ambiental.

Para Capobianco, o governo federal erra ao promover um programa de crédito para construção de moradias sem antes regularizar a situação das habitações no país, que em sua maioria ainda está irregular.

– O Minha Casa, Minha Vida tem que ter um critério ambiental, tem que fiscalizar as áreas de risco, as áreas mananciais. […] Não pode ser feito com irresponsabilidade, como tem sido feito.

O responsável pela campanha de Dilma rebateu as declarações do coordenador verde e, embora admita que grande parte das moradias no país estejam em condições irregulares, disse que o governo não pode suspender a concessão de crédito para construção até que a situação se regularize.

– A maior parte [das moradias] do país é clandestina. [O saneamento] É o maior problema que o Minha Casa, Minha Vida enfrenta, mas eu não posso retirar esse crédito. […] O que nós temos que fazer é combater com rigor a ocupação irregular. […] A situação é grave. Eu não posso inibir políticas sociais nesse ponto.

Para Graziano, que foi secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo, o próximo governo deve priorizar a criação de um plano nacional de saneamento para solucionar o problema, e dobrar o investimento na área, que hoje é R$ 5 bilhões, aproximadamente. Ele, porém, evitou listar as propostas do candidato tucano para a área para que o “PT não copiasse”.

Embora tenha dito concordar com a opinião de Capobianco em relação ao programa de moradias do governo, o coordenador da campanha de Serra mas negou que irá suspender o projeto em um eventual governo, mas disse que é preciso melhorá-lo.

– Nós vamos fazer muito mais moradias que esse governo fez. Mas vamos fazer conjuntos habitacionais com a agenda sustentável.

De acordo com dados deste ano do Instituto Trata Brasil, 50,6% da população que vive em áreas urbanas no país tem acesso a rede de esgoto. Além disso, 34,6% do volume de esgoto coletado no Brasil não recebe tratamento.

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