Com fratura, frentista de Coxim aguarda cirurgia há quase 90 dias
A situação do frentista de Coxim Márcio da Silva, de 24 anos, comprova o descaso do poder público. Com a clavícula fraturada, Silva aguarda por uma cirurgia há 86 dias. Indignada, a mãe de Silva, Margarida Maria da Silva, de 49 anos, decidiu denunciar a situação. Numa casa simples, no bairro Jorge Ritt, em Coxim, mãe […]
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A situação do frentista de Coxim Márcio da Silva, de 24 anos, comprova o descaso do poder público. Com a clavícula fraturada, Silva aguarda por uma cirurgia há 86 dias. Indignada, a mãe de Silva, Margarida Maria da Silva, de 49 anos, decidiu denunciar a situação.
Numa casa simples, no bairro Jorge Ritt, em Coxim, mãe e filho contam o problema. A conversa também foi acompanhada pela esposa de Silva, Maísa Inácio da Silva, de 18 anos, que está grávida do primeiro filho. Silva contou que no dia 16 de janeiro, caiu da bicicleta, após desviar de um buraco, na rua Girassol, no Jardim do Pequi. O primeiro atendimento do jovem foi prestado na Santa Casa, onde ele chegou a ficar internado.
Sem perspectiva de fazer a cirurgia, Silva recebeu alta e ficou aguardando em casa. Com isso, a família tentou viabilizar o tratamento via secretaria de Saúde. No dia 22 de janeiro, a secretaria encaminhou o jovem para o Hospital Evangélico, em Campo Grande.
“Me informaram que eu deveria levar R$ 30,00, era a taxa que eu teria que pagar”, explicou Silva. No entanto, ao chegar no hospital, Silva foi informado que teria de arcar com R$ 30,00 da consulta, mais R$ 40,00 da imobilização, além de ter que custear a internação.
Com apenas R$ 30,00 no bolso, o jovem deixou o Hospital Evangélico sem tratamento. “Nunca sofri tanto, fiquei vagando com dores e com fome em Campo Grande”, comentou revoltado.
De volta para Coxim, a família continuou tentando atendimento na secretaria de Saúde. “Tudo que conseguimos foi um colete para imobilizar meu filho”, disparou Margarida. No dia 30 de março, Silva foi até o Hospital Regional de Coxim, onde foi atendido pelo ortopedista Márcio Gali.
Mais uma vez, a expectativa do jovem foi frustrada, “o médico disse que não poderia marcar a cirurgia porque o hospital estava sem anestesista”, completou Silva.
No dia 4 de abril, o jovem voltou ao hospital, pois tinha conhecimento que o ortopedista estava de plantão novamente. Desta vez, Silva sequer foi atendido. “Funcionários me deram o recado que o médico não poderia me atender porque ia viajar”, relatou o jovem.
Além de buscar o tratamento, mãe e filho também pediram ajuda a pelo menos dois vereadores, que se comprometeram em intervir para resolver a situação, mas nem atendem mais as ligações da família. Margarida conta, ainda, que o secretário de Saúde, Mário Toshio Nakada, chegou a desligar o telefone em sua cara por três vezes.
DRAMA – Sem poder trabalhar, Silva e Maísa estão morando de favor na casa de Margarida. Justamente no final de semana em que se machucou, Silva tinha deixado o emprego para começar trabalhar em outro local.
O filho do casal, um menino, nasce até o final deste mês e o pai teme não poder pegar seu filho no colo. Com os olhos cheios de lágrimas, o jovem falou da tristeza de ter terminado de comprar o enxoval do filho. “Agora eu te pergunto, eu não tenho direito de receber um tratamento digno? Eu pago imposto até na compra de uma bala. Para onde vai o dinheiro dos impostos que pagamos?”, questionou Silva.
SOLUÇÃO – Em contato com o gerente de Ações em Saúde, Joel Freitas Lima, que por sua vez conversou com o diretor do Hospital Regional, Rogério Souto. O gerente se comprometeu em dar uma solução para o caso. Na manhã desta segunda-feira (12), Lima vai buscar Silva em casa e levá-lo até o hospital. A expectativa é que todo o tratamento médico do jovem fique definido ainda hoje.
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