CNT condena sinalização em estradas de MS e aponta BR-163 entre as 10 piores do país

Os dados da pesquisa nacional classificaram 5,9% das estradas de MS como péssimas e 15,2% como ruins. Problemas apontados vão de falta de placas até buracos na pista.

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Os dados da pesquisa nacional classificaram 5,9% das estradas de MS como péssimas e 15,2% como ruins. Problemas apontados vão de falta de placas até buracos na pista.

As estradas que ligam Dourados a Cascavel (PR) estão entre as 10 piores ligações rodoviárias do país, de acordo com a 14ª pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O trecho composto pela BR-163, PR-467 e BR-467 e é administrado pelo poder público. Já no ranking das 10 melhores ligações, todas as estradas cortam o estado de São Paulo e são privatizadas.

Na classificação geral, a CNT avaliou as estradas que cortam o Estado como ótimas (5,1%), boas (26,9%), regulares (46,9%), ruins (15,2%) e péssimas (5,9%).

A BR-163 em Mato Grosso do Sul terá 256 quilômetros revitalizados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). As obras já começaram, o investimento é de R$ 64,1 milhões – recursos provenientes do governo federal. Duas frentes de trabalho foram abertas: uma entre a divisa com o Paraná (km 0) e o km 127. O segundo lote vai deste ponto até o entroncamento com a BR-463 (km 255).

Em Mato Grosso do Sul, a pesquisa abrangeu 3.750 quilômetros em 17 rodovias federais e estaduais. O pavimento das pistas foi considerado ruim na MS-306, MS-444, BR-483 e BR-497. Já a sinalização preocupa na MS-134, MS-443, BR-359 e BR-463.

As placas de limite de velocidade estão presentes em 85,4% das estradas, mas a maioria (54,6%) não conta com placas de indicação (destinos, por exemplo). O mato cobre total ou parcialmente as placas em 22,9% das rodovias. Já o desgaste do tempo prejudica a leitura de 54,2% das placas.

O levantamento da CNT avaliou as rodovias brasileiras pavimentadas, identificando as condições de superfície, acostamento, faixas centrais e laterais, placas e pistas. Foram identificadas as deficiências e os pontos críticos em cada região do país.

Em todo o Brasil, os pesquisadores percorreram 91 mil quilômetros de rodovias, um acréscimo de 1,6% em relação ao levantamento feito no ano anterior.

Melhora geral

De acordo com os índices, houve significativo aumento do número de estradas brasileiras consideradas “boas”: em 2009, eram 15,6 mil quilômetros, e este ano, 24 mil quilômetros receberam a avaliação positiva.

A pesquisa levou em conta as rodovias públicas (76,4 mil km) e controladas por empresas privadas (14,5 mil km). Chama a atenção o contraste entre as condições gerais das vias – 32,4% das estradas públicas tiveram avaliação positiva, enquanto esse índice é de 87,3% nas estradas concessionadas.

A CNT alerta que as más condições do pavimento afetam o custo operacional dos veículos, além de provocar gasto adicional de combustível e maior desgaste de pneus, freios, câmbio e motor. Além disso, os acidentes geram atraso na entrega de cargas e gastos elevados no sistema de saúde.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o número de acidentes em rodovias federais policiadas apresentou elevação de 41,7% entre 2004 e 2009, atingindo 159,4 mil ocorrências em 2009.

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