Chefe do Exército britânico diz que derrotar a Al-Qaeda é impossível
O chefe das forças armadas britânicas, o general David Richards, disse que derrotar a Al-Qaeda é impossível e o que o Ocidente pode aspirar é conter as ações violentas da rede terrorista inspirada Osama Bin Laden. Em uma entrevista publicada hoje no The Sunday Telegraph, o chefe da forças armadas britânicas acrescentou que o Reino […]
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O chefe das forças armadas britânicas, o general David Richards, disse que derrotar a Al-Qaeda é impossível e o que o Ocidente pode aspirar é conter as ações violentas da rede terrorista inspirada Osama Bin Laden.
Em uma entrevista publicada hoje no The Sunday Telegraph, o chefe da forças armadas britânicas acrescentou que o Reino Unido continua sob a ameaça do terrorismo islâmico há pelo menos 30 anos.
Richards, que era o chefe das forças da Otan no Afeganistão, disse que os esforços militares e de segurança na verdade servem para conter a ameaça terrorista e para os cidadãos do Reino Unido continuam a ter uma vida segura.
“Não se enganem, a ameaça global da Al-Qaeda e seus afiliados terroristas são uma ameaça duradoura (…) a segurança nacional do Reino Unido e os nossos aliados corre risco”, diz ele.
Richards acredita que este não é uma guerra convencional, e que a pergunta que as autoridades política e militar tem a fazer é “se é necessário derrotar (o terrorismo islâmico) no sentido de alcançar uma vitória clara e definitiva.”
“Eu diria que é desnecessário e pode nunca acontecer”, disse o general, que então pergunta: “Será que podemos conter a ameaça, a ponto de nossas vidas e de nossas crianças transcorrer de forma segura? Acredito que podemos” .
Richards, que comparou o esforço feito pelas tropas aliadas no Afeganistão, com os soldados que lutaram contra o nazismo e o fascismo na II Guerra Mundial, critica a abordagem política e militar no país asiático.
Ambos os líderes do governo e militares “são culpados de não entender plenamente o que estava em jogo” e têm a responsabilidade já que o povo afegão “está cansado” da incapacidade da Otan para estabilizar o país de forma permanente.
No entanto, considera que a morte de 343 soldados britânicos desde a invasão em 2001 não foi em vão.
“Se pensar só por um minuto que a maioria do povo afegão não nos quer mais, então eu, e todos, diríamos que é hora de sair, nós falhamos, mas não há nenhuma indicação de que isto é assim”, diz.
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